Chevrolet Onix e Onix Plus terão produção suspensa até o fim do mês


Depois de anunciar um aporte de R$ 7 bilhões no Brasil, a Chevrolet anunciou uma paralisação de duas semanas em sua fábrica de Gravataí (RS), onde são feitos Onix e Onix Plus, os carros mais vendidos da marca.

“A fábrica da GM em Gravataí fará ajuste no programa de produção e irá conceder férias coletivas aos empregados entre os dias 12 e 25 de fevereiro”, disse a montadora em nota sucinta. Procurada, a Chevrolet afirmou que as outras unidades da empresa continuam funcionando normalmente, mas não respondeu se há estoques para que as vendas dos modelos não sejam afetadas.

A fábrica de Gravataí acabou de voltar das férias coletivas do final do ano, que já mexeu com as vendas dos modelos. Em dezembro, o Onix havia vendido 10.839 unidades, enquanto sua versão sedã vendeu 6.375. Já agora em janeiro foram 5.714 emplacamentos do hatch e 3.559 do Onix Plus.

À agência Autodata, Valcir Ascari, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, disse que a empresa não deu informações a respeito da parada, mas que acredita se tratar de medida para redução de estoques.

No fim do ano passado, a fábrica de São José dos Campos, onde é feita a picape S10 e o SUV Trailblazer, instalou um programa de demissão voluntária (PDV). A medida foi a solução encontrada pela empresa e pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região após o cancelamento das 1.245 demissões em duas fábricas na região.

A crise na fábrica de São José dos Campos começou quando uma greve foi convocada no dia 23 de outubro depois da empresa demitir diversos funcionários por telegramas e e-mail no final de semana. Além disso, até grávidas estavam na lista de corte da fabricante.

Na época, a GM admitiu a greve e disse que entendia o impacto “na vida das pessoas”. Ainda assim, ressaltou que a “adequação era necessária” para manter agilidade nas operações após “quedas nas vendas”.

Para colocar um fim à greve, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos cobrava o cancelamento das demissões. Isso aconteceu quando o TST rejeitou o pedido de liminar da montadora para manter os desligamentos.

Com isso, ficou valendo a decisão de reintegração de todos os demitidos com a proibição de realização de novas dispensas, sob pena de multa de R$ 1 mil por dia, por trabalhador.

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Fonte: direitonews

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