A Chevrolet parece seguir firme na estratégia de resgatar nomes icônicos do passado para batizar carros novos em mercados emergentes. A tática de marketing teve início na China em 2018, quando o emblemático termo Monza, usado no Brasil pela última vez em 1996, foi retomado em um novo sedã médio. Agora, a receita se repete com o Cruze, que saiu de linha por aqui em 2024 e acaba de ter seu nome ressuscitado em países do Oriente Médio.
Nos dois casos, o que chama atenção é o fato de os dois nomes estarem sendo usados no mesmo carro. O batismo muda apenas para atender ao gosto do consumidor local, que possui identificação específica com a imagem de cada um — Monza mais aceito no mercado chinês e Cruze mais popular nos países árabes. Dentro dessa estratégia, o objetivo da Chevrolet é aproveitar a reputação consolidada do veículo anterior para posicionar o estreante de forma mais competitiva.
Seja como Monza ou como Cruze, o sedã é sempre produzido na China com as mesmas características. As medidas incluem 4,65 metros de comprimento, 1,79 m de largura, 1,46 m de altura e 2,64 metros de distância entre-eixos.
Para efeito de comparação, o Cruze vendido até 2024 no Brasil possui 4,66 metros de comprimento, 1,80 m de largura, 1,48 m de altura e 2,70 m de entre-eixos. Com exceção desta última, as demais dimensões são praticamente as mesmas. No porta-malas, o novato acomoda 405 litros, contra 440 litros do Cruze original.
No Oriente Médio, o Cruze será oferecido sempre com motor 1.5 aspirado de quatro cilindros a gasolina com 113 cv de potência. O câmbio é automatizado de seis marchas com dupla embreagem.
Já na China, o Monza acrescenta ao catálogo um propulsor 1.3 de três cilindros com 163 cv de potência e 23,5 kgfm de torque, neste caso com um sistema híbrido leve de 48 volts associado. A Chevrolet divulga consumo de 21 km/l na cidade e 17,4 km/l na estrada, com aceleração de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos.
Apesar de terem sido ressuscitados no exterior, Monza e Cruze não devem retornar ao Brasil. O primeiro saiu de linha em 1996 após representar a marca por décadas no segmento de sedãs médios, inclusive superando rivais da época Volkswagen Santana e Fiat Tempra. Não à toa, chegou a ser o carro mais vendido no Brasil durante três anos consecutivos, de 1984 a 1986.
O segundo saiu de linha 2024 por conta das baixas vendas e do encolhimento sofrido pela categoria, que foi fortemente atingida pela avanço dos SUVs. Desde então, a Chevrolet tem apostado na linhas Onix e Tracker , que acabaram de ser renovadas, e em modelos como Montana, Spin e S10, além da linha de importados elétricos (Blazer EV, Equinox EV e o novato Spark EUV).
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Fonte: direitonews