Eu e você poderíamos juntar forças para caçoar da Chevrolet Montana RS, que custa R$ 151.890, mas não. Não é justo e seria uma hipocrisia. A gente defende esportivos “de verdade”, mas não compra. Os fabricantes exageram no preço, claro, mas TODOS os carros de nicho custam mais. Óbvio.
Então, considerando a quantidade de versões esportivadas que são lançadas (com sucesso) e outros tantos esportivos legítimos que encalham na prateleira, não há como negar: a gente gosta é de faz de conta. E tá tudo bem.
Feita essa consideração, a caminhonete intermediária da General Motors estreia uma nova configuração — do jeitinho que a gente curte. Cheia de enfeite, uma cor legal, rodas bacanudas e um emblema maneiro na dianteira.
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Ela chega como a opção mais cara da gama, apesar de não ter nenhum equipamento notável ou diferenciação mecânica em relação às outras. Tem um motor 1.2 turbo de 133 cavalos e 21,4 kgfm de torque sob o capô que garante um desempenho apenas aceitável na estrada. Nem o consumo se destaca.
Aliás, fica bem aquém do da linha Onix (com a qual compartilha a plataforma). Fizemos 13 km/l na estrada com gasolina, caçamba vazia e pé leve no acelerador.
Mas vamos falar do que mudou? Comecemos pela dianteira. Ela tem uma grade em formato de colmeia com acabamento preto brilhante. É essa peça que carrega o emblema RS, como se fosse um pin na lapela do blazer.
A gravatinha da Chevrolet é preta (em vez de dourada), mesma cor que adorna a régua que atravessa a tampa da caçamba, o rack do teto, o santantônio integrado, os retrovisores e até as rodas de 17 polegadas.
Essas rodas de alumínio em dois tons são exclusivas da RS, cuja lista de equipamentos foi baseada na até então opção mais cara. A linha completa é formada pelas versões MT, LT, LTZ, Premier e RS.
Ao preço de R$ 151.890, a Montana com visual esportivo tem faróis full-LED com ajuste de altura e acendimento automático, seis airbags, alerta de ponto cego e ar-condicionado com regulagem digital. A central multimídia oferece ponto de Wi-Fi e é compatível com Apple CarPlay e Android Auto (sem cabo). Além disso, tem carregador de celular por indução e monitor de pressão dos pneus.
Por dentro, a mesma receita de esportivação visual aparece em mais um reforço de acabamento sintético preto com costuras vermelhas. No meio dos encostos, uma linha horizontal vermelha se destaca. Há uma moldura piano black nas saídas de ar e no console central. Até o emblema no centro do volante trocou o dourado pelo preto.
Visual não é o problema da Montana — em nenhuma das configurações. O design a diferencia com competência do Tracker e valoriza as proporções típicas de uma picape robusta. Ponto extra para os traços da tampa da caçamba e para o “Chevrolet” em baixo-relevo.
No entanto, espaço interno é um ponto crítico para quem ocupa os bancos de trás. Se o motorista tiver mais de 1,8 metro, a viagem do passageiro que estiver sentado atrás dele será bem incômoda. Estranho, já que o entre-eixos é de 2,8 m, medida que supera os 2,57 m do Tracker (com o qual também compartilha a plataforma), e o SUV não tem esse problema.
Pelo menos o volume da caçamba compensa o cliente: 874 litros.
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Fonte: direitonews