Chevrolet desiste de sedãs e passa a produzir apenas picapes e SUVs nos EUA


O segmento de picapes é o mais vendido nos Estados Unidos, o que não é novidade. E de alguns anos para cá, os SUVs também têm ganhado muita popularidade. Neste cenário, os sedãs vão saindo de cena aos poucos. É o caso do Chevrolet Malibu, que teve sua produção encerrada pela fabricante norte-americana. Seu lugar na fábrica do Kansas (EUA), será ocupado pelo SUV elétrico Bolt já no final de 2025.

Entretanto, um fato curioso permeia essa situação. Apesar de estar de saída do portfólio da marca, o Malibu foi o terceiro veículo mais vendido da Chevrolet no ano passado, de acordo com o portal Autoblog. Em 2023, o sedã médio emplacou 130 mil unidades, ficando atrás apenas do SUV Equinox e da picape Silverado. A suspeita é de que grande parte dessas vendas tenham sido destinadas à frotas.

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O modelo, aliás, é um clássico da Chevrolet. Foi apresentado ao mercado pela primeira vez em 1964, como configuração topo de linha de outro veículo, o Chevelle. Com uma trajetória de idas e vindas, o Malibu se tornou independente em 1978, mas em 1984 saiu da linha e só retornou em 1997.

Do fim dos anos noventa para cá, o sedã se manteve no portfólio da marca, totalizando nove gerações e 10 milhões de unidades vendidas.

É importante mencionar, que o modelo foi vendido no Brasil entre 2010 e 2013, quando estava em sua sétima geração. A vinda da oitava geração para cá foi estudada pela Chevrolet, mas não se concretizou. Enquanto esteve à venda por aqui, a estimativa é de que 2.900 exemplares tenham sido emplacadas.

Além do Chevrolet Malibu, outro modelo deve ter sua linha de montagem congelada até o início da produção do Bolt: o Cadillac TX4, também feito na unidade do Kansas. O motivo é que, a partir de janeiro de 2025, a fábrica passará por algumas mudanças para se adaptar à linha de produção do Bolt, que é elétrico, e só voltará a funcionar no final do ano. Por consequência, a unidade fabril fará um corte no quadro de funcionários.

Vale ressaltar, que apesar das adaptações adotadas na unidade do Kansas, o Cadillac TX4 não passará por facelift ou troca de geração. Portanto, não contará com conjunto mecânico híbrido ou elétrico.

Não é a primeira vez que um sedã sai do portfólio da Chevrolet. No final do ano passado, a fabricante encerrou a produção do Cruze (que também tinha versão hatch) na fábrica argentina de Santa Fe, para que a unidade fabril se tornasse um polo de produção para o SUV Tracker.

A nona geração do sedã já era híbrida. O Malibu era equipado com um conjunto que unia um motor elétrico ao 1.8 de quatro cilindros, que entrega 185 cv de potência e 38,3 kgfm de torque.

Já a geração vendida no Brasil entre 2010 e 2013 era a combustão e equipada com motor Ecotec 2.4 de quatro cilindros. Ao todo, eram 171 cv de potência a 6.200 rpm e 22,2 kgfm de torque a 5.100 rpm. Por aqui, apenas a configuração topo de linha, LTZ, era disponibilizada.

Apesar dos SUVs também fazerem sucesso por aqui, como o Volkswagen T-Cross, por exemplo, que foi líder de vendas do segmento no mês de abril (6.224) e no acumulado de 2024 (19.082) – dados da Fenabrave, parece que a Chevrolet não tem interesse em parar de comercializar seus sedãs por aqui.

Embora poucas unidades do Cruze estejam disponíveis nas concessionárias brasileiras, já que o modelo deve sair de linha em breve no Brasil, o Onix Plus é o atual líder de vendas entre os sedãs compactos no Brasil. Até abril de 2024, por exemplo, foram 17.852 emplacamentos, número que o coloca a frente de Volkswagen Virtus e Nissan Versa.

Ademais, no acumulado de 2024, o Onix Plus ocupa a 10° posição. Enquanto o hatch é o segundo veículo de passeio mais vendido do país, com 26.853 emplacamentos até o quarto mês do ano.

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Fonte: direitonews

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