Chefes de equipe na F1 criticam mudança de regras da FIA para superlicença por causa de Herta


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Depois de toda a conversa sobre uma possível ‘facilidade’ da FIA para emitir a superlicença para Colton Herta poder entrar na Fórmula 1, alguns chefes de equipe da categoria se mostraram contra essa atitude do órgão regulador do automobilismo, e isso foi recebido com críticas por pilotos americanos que correm na IndyCar.

Herta, que se tornou o mais jovem vencedor de corridas na Indy em 2019 aos 18 anos, já esteve ligado a uma mudança para a F1 no ano passado, quando sua equipe Andretti tentou comprar a Sauber, que corre sob o nome Alfa Romeo. Esse acordo não se concretizou, mas Herta foi novamente cogitado na F1 em 2023, com a equipe júnior da Red Bull, a AlphaTauri.

Mas apesar de vencer sete corridas na Indy nas últimas quatro temporadas, Herta não acumulou os 40 pontos necessários para a superlicença da FIA, para poder correr na Fórmula 1. A FIA concede um total de 124 pontos aos dez primeiros colocados na Indy, muito menos do que as categorias júnior, Fórmula 2 (201 pontos) e até da Fórmula 3 (128 pontos).

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Nos últimos anos, a FIA ajustou as regras de pontos de superlicença em reação à interrupção causada pela pandemia de Covid-19. No entanto, sugestões de que a FIA poderia adotar uma abordagem semelhante à luz da situação de Herta, e permitir-lhe uma superlicença por ‘força maior’, foram criticadas por alguns chefes de equipe da F1.

“Do meu ponto de vista, não tem nada a ver com ‘força maior’, porque você tem campeonatos em todo o mundo em que pode marcar pontos”, disse o chefe da equipe Alfa Romeo, Frederic Vasseur.

“Se a FIA quiser mudar o processo de pontos para a superlicença, é outra história. Eles podem fazer isso, e cabe a eles decidirem se querem mudar o sistema, mas não tem nada a ver com ‘força maior’,” acrescentou Vasseur.

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O chefe da equipe Haas, Guenther Steiner, concordou com a opinião de Vasseur. “Temos regras e regulamentos que precisamos respeitar”, disse ele. “Se não respeitarmos nossas próprias regras e tentarmos encontrar maneiras de contornar isso, não acho que seja correto. Quero dizer, poderíamos então aplicar isso a outras coisas também.”

“Sou um daqueles que diz que se você tem regras, se não as respeitamos e apenas tentamos encontrar maneiras de contornar, então precisamos mudar as regras e essa é uma discussão diferente”, disse ele. “Se você quiser mudar a regra, vamos falar sobre isso, mas, novamente, há uma governança em vigor”, acrescentou.

Esses comentários provocaram contestação de alguns pilotos americanos que correm na Indy. Conor Daly, que é filho do ex-piloto de F1, Derek Daly, discordou do comentário de Steiner.

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“Ah, que surpresa”, ele postou nas redes sociais. “O chefe de equipe, da equipe ‘americana’ de F1, não é mais uma vez torcedor de um piloto americano.”

Alexander Rossi, que mudou para a Indy, depois de participar de apenas cinco corridas na F1 em 2015, acrescentou: “Estou muito cansado disso.”

Já o chefe de equipe McLaren, Andreas Seidl, que comandou Herta em uma sessão de testes de F1 no Autódromo do Algarve no início deste ano, acredita que ele deve ter a chance de correr na categoria.

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“Em termos de superlicença, acho que em geral acreditamos no sistema, achamos que é um bom sistema em vigor. Mas, ao mesmo tempo, também estamos absolutamente prontos para alguma flexibilidade, também levando em consideração especialmente a situação nos últimos dois anos com o Covid e tudo mais, isso teve um impacto também nos resultados que os pilotos poderiam obter.”

“Acho que estamos absolutamente abertos para alguma flexibilidade, e entregar uma superlicença a um cara como Colton, de acordo com o que ele mostrou até agora em sua carreira de piloto, não tenho dúvidas de que ele é absolutamente capaz de correr na Fórmula 1”, acrescentou.

Vasseur continuou: “Já tivemos a situação no passado, quando mudamos a atribuição de pontos na F3, GP3 e até na F2 há alguns anos”, disse ele. “Acho que a imagem global da Fórmula 1 está sempre mudando, e temos que ajustar o número de pontos para cada categoria agora, para saber se os cinco primeiros da F2 são melhores que os cinco primeiros da Indy.”

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“Mas como Guenther disse antes, acho que temos um sistema que se quisermos mudar ou se alguém tiver uma proposta para mudar a atribuição de pontos, podemos discutir isso”, concluiu.

Se os boatos sobre a Red Bull já ter um contrato com Herta para correr na AlphaTauri em 2023 forem verdadeiros, essa pressão sobre a FIA para alterar o sistema de pontos da superlicença, realmente passa a ter outra conotação. Será que a Red Bull estaria pressionando a FIA para conseguir seus objetivos?

 

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