Chefe da Ferrari diz que Andretti precisa “trazer algo substancial” à F1


A chegada de uma 11ª equipe ao grid da F1 é um assunto que tem rendido muito debate entre todas as partes. Falando sobre o tema no Catar, Frédéric Vasseur, chefe da Ferrari, afirmou que só seria a favor da Andretti caso o time pudesse trazer algo valioso à categoria.

Após o processo de aplicação dos interessados em fazer parte do pelotão do certame a partir de 2025, a FIA enfim bateu o martelo e aprovou a inscrição da Andretti. Agora, o time norte-americano precisa negociar os detalhes com a FOM antes de entrar de uma vez como parte da categoria.

Acontece que a chegada do time estadunidense tem dividido opiniões. Há quem diga que pode ser importante abrir mais vagas na F1, além de possibilidades de brigas. Há quem aponte que, atualmente, o esporte está forte do jeito que está e não é necessário uma nova adição.

Frédéric faz parte do time que acredita que em equipe que se está ganhando não se mexe. “Não é um segredo de que não sou um grande fã. Quando abrimos a porta para uma 11ª equipe no Acordo de Concórdia da última vez, foi por uma boa razão. Neste ponto, a Honda dizia que já sairia da F1 e a Renault estava no limite. Significava que teríamos apenas Mercedes e Ferrari confirmadas para o futuro”, apontou Vasseur.

“E abrimos essa porta para uma 11ª equipe em caso de que pudessem trazer algo substancial para a F1 – e acho que neste ponto é principalmente o motor. Como James [Vowles, chefe da Williams] disse antes, todos os times do grid fazem um grande esforço. Devemos nos lembrar que há três ou quatro anos tínhamos quase metade do grid perto de falir e devíamos deixar de ser arrogantes na F1”, seguiu.

“A vida é um ciclo e não sabemos o que pode acontecer antes de 2030. E acho que colocaríamos em uma situação complicada por isso”, continuou.

O chefão da Ferrari não poupou seu discurso, ainda apontando que a chegada da Andretti precisa adicionar valor ao esporte, não apenas por ser norte-americana. “Exceto que a nova equipe traga algo de grande valor para a F1. Não tive nenhum acesso ao CEO da Andretti, mas acho que a primeira questão é: o que adiciona de valor à F1?”, questionou.

“Já temos uma décima equipe que é americana que é a Haas. Temos um piloto americano no grid [Logan Sargenat]. E a questão para mim é ao redor disso. Qual seria o valor?”, concluiu.

Fonte: f1mania

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