Os estoques de armas na União Europeia (UE) estão diminuindo à medida que os Estados-membros continuam enviando armas e munições para a Ucrânia, advertiu na segunda-feira (5) Josep Borrell, chefe das Relações Exteriores do bloco.
“Os estoques militares da maioria dos Estados-membros têm estado, eu não diria esgotados, mas esvaziados em grande proporção, porque temos fornecido muita capacidade aos ucranianos“, disse ele em um debate com legisladores europeus.
Na opinião de Borrell, se os Estados-membros da UE continuarem gastando suas capacidades militares da mesma forma, “o resultado será um grande desperdício de dinheiro, porque esta não é uma forma de cancelar nossas duplicações (há muitas delas) ou preencher nossas lacunas”.
Borrell também lamentou que a UE não tenha começado a treinar tropas ucranianas há um ano.
“Se a UE tivesse respondido na ocasião, estaríamos em uma situação melhor”, crê o alto responsável europeu.
Borrell exortou as nações da UE a coordenar melhor seus gastos com material militar.
“Ele tem que ser reabastecido. A melhor maneira de o reabastecer é fazer isso juntos. Será mais barato”, sugeriu.
Em uma reunião na República Tcheca na semana passada, os ministros da Defesa da UE discutiram formas de melhorar a aquisição conjunta de material e recursos militares, além de comprar grandes quantidades de munições e armas, tais como sistemas de defesa antiaérea.
Moscou tem apontado que as armas fornecidas pelos países ocidentais a Kiev apenas prolongam o conflito e que tem o direito de destruir qualquer carregamento que chegue ao local do conflito.