De acordo com a Reuters, Grossi falou na quarta-feira (4) durante sua quinta visita à usina, enquanto ainda avaliava os danos por dentro da torre de resfriamento, dizendo que ataques à sua estrutura arriscam um acidente nuclear.
“Até hoje, não tínhamos conseguido chegar a este ponto, no alto da torre, para que possamos avaliar de uma forma muito melhor os danos que ocorreram”, disse Grossi em vídeo. “Esta grande estrutura não será utilizável no futuro, então provavelmente será demolida em algum momento.”
O incêndio na torre começou no dia 11 de agosto, em meio às escaramuças entre Rússia e Ucrânia na região. Desde o início do conflito ucraniano, Moscou busca proteger a usina nuclear de Zaporozhie por compreender as implicações de um acidente nuclear, mas o Ministério da Defesa russo alega que ataques de Kiev à usina — especialmente com uso de drones — são frequentes e irresponsáveis.
Grossi descreveu o incidente como um dos vários “ataques imprudentes“, mas evitou atribuir culpa a um dos envolvidos no conflito.
O chefe da AIEA também inspecionou uma estação de bombeamento para fornecer água, recebida em menor quantidade após a destruição no ano passado da barragem de Kakhovka, em Kherson, e visitou uma instalação de armazenamento de combustível nuclear.
Na semana passada, Grossi visitou a usina nuclear de Kursk, no sul da Rússia, e disse que havia perigo de um acidente nuclear lá, já que as forças ucranianas, que lançaram uma incursão na região no mês passado, estavam a 40 km de distância da estrutura.
A usina de Zaporozhie é a maior da Europa com seis reatores, está em “desligamento a frio” e não produz eletricidade. Ela requer energia externa para manter o material nuclear resfriado e evitar um acidente.
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Fonte: sputniknewsbrasil