Um estudo internacional feito por pesquisadores do Instituto de Saúde Carlos III de Madri, na Espanha, revelou que o nascimento do primeiro filho provoca modificações na estrutura do cérebro dos pais. Segundo os cientistas, o órgão deles diminui: em média, os homens perdem de 1% a 2% do volume do córtex após a chegada do bebê.
Estudos anteriores já mostraram que a maternidade pode causar alterações na estrutura do cérebro das mulheres, com mudanças nas redes subcorticais límbicas, associadas aos hormônios da gravidez. A alteração teoricamente diminui a massa cinzenta, mas as ajuda a focar no bebê, aumentar a empatia e a aproximação com a criança. Também é por isso que elas ficam mais esquecidas e com dificuldade de raciocínio lógico.
“Estudar os pais oferece uma oportunidade única de explorar como a experiência parental pode moldar o cérebro humano quando a gravidez não é vivenciada diretamente”, explicam os autores do estudo no artigo publicado na última quarta-feira (7/9), na revista Cerebral Cortex, ligada à Oxford Academic.
Os pesquisadores coletaram dados e imagens cerebrais feitas por ressonância magnética de 20 homens durante a gestação de suas parceiras e até oito meses após o nascimento do primeiro filho. A pesquisa contou ainda com informações de um grupo controle formado por 17 voluntários sem filhos.
Eles buscavam compreender se a transição para a paternidade provocava mudanças anatômicas no volume, espessura e no córtex cerebral – a camada externa de substância cinzenta.

Aneurisma cerebral é uma dilatação em um dos vasos sanguíneos que levam sangue até ao cérebro. Ele tem o formato de um balão que pode aumentar de tamanho, se tornando cada vez mais frágil, até se romper. Quando isso acontece, um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico é provocado, podendo levar a pessoa à morteSCIEPRO/ Getty Images

Existem dois tipos de aneurisma: o roto, que é o aneurisma que ainda não se rompeu, e o não roto, que está rompido e caracteriza uma emergência médica sériaZEPHYR/SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images

Na maioria dos casos, o aneurisma cerebral não causa sintomas antes de se romper ou vazar, mas algumas pessoas podem sentir formigamento no rosto, confusão mental, dores atrás dos olhos, visão dupla e visão dilatadaPhotoAlto/Frederic Cirou/ Getty Images

No caso de o aneurisma ter crescido, o indivíduo pode apresentar dor de cabeça com forte intensidade, convulsões, sensação de que a cabeça está quente, náuseas, vômitos, pescoço duro e até desmaiosPiotr Marcinski / EyeEm/ Getty Images

Ao apresentar os sintomas, o socorro deve ser chamado imediatamenteTed Horowitz/ Getty Images

No entanto, é importante ressaltar que existem outros problemas que podem causar sintomas semelhantes, como a enxaqueca, por exemplo. Se a dor de cabeça é intensa e frequente, deve-se consultar um especialista para identificar a causa correta PhotoAlto/Frederic Cirou/ Getty Images

Apesar de os motivos do desenvolvimento de um aneurisma cerebral ainda serem desconhecidos, existem alguns fatores que podem aumentar o risco, como ser fumante, consumir bebidas alcoólicas em excesso e utilizar drogasPeter Dazeley/ Getty Images

Além disso, ter histórico de aneurisma na família, pressão alta descontrolada, doença dos ovários policísticos, estreitamento da aorta ou malformação cerebral também podem aumentar a chance de desenvolver um aneurisma cerebralkoto_feja/ Getty Images

Exames de diagnóstico de imagem da cabeça, incluindo a tomografia computadorizada, a ressonância magnética ou a angiografia cerebral, são indicados para a avaliação das estruturas do cérebroMorsa Images/ Getty Images
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Embora não tenham apresentado alterações nas redes subcorticais límbicas – como ocorre com as mulheres –, os homens mostraram sinais de redução do volume do sistema visual e alterações cerebrais no córtex, área do cérebro envolvida na compreensão social.
Os cientistas não sabem exatamente por que as mudanças acontecem. “Os resultados sugerem um papel único do sistema visual em ajudar os pais a reconhecer seus filhos e a responder de acordo. Essa hipótese precisa ser confirmada em estudos futuros”, dizem os pesquisadores.
Na avaliação dos especialistas, o estudo apoia a ideia de que a transição para a paternidade pode representar uma janela significativa de mudanças no órgão para adaptar o indivíduo às alterações promovidas pela paternidade.
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