Cerca de 500 migrantes iniciam travessia a pé de 6 mil quilômetros entre Honduras e EUA


O fechamento de plantações em todo o país fez ainda muitos trabalhadores rurais perderem seus empregos e, com isso, buscar oportunidades no país da América do Norte.
“Estamos determinados a tudo, aqui estávamos piores, sem empregos, passando fome”, contou à AP Edgar Iván Hernández, um trabalhador rural de 26 anos que viajava com três familiares.
Eles decidiram seguir a pé para os EUA após publicações sobre a caravana há duas semanas nas redes sociais. “A melhor maneira é irmos em grupo porque assim, em grupo, a polícia, a migração, não nos detêm muito”, afirmou.
A travessia entre a América Central e o México é feita pela maioria dos migrantes de meios de transporte da rede de tráfico de migrantes, também em pequenas caravanas.
Entre 2018 e 2020, o fluxo de migrantes hondurenhos era grande para os EUA, mas caiu após a pandemia e a pressão exercida pelo governo do ex-presidente Donald Trump, que exigiu medidas de contenção da população pelos governos centro-americanos. Mas desde o ano passado voltou a crescer.
Migrantes em travessia de barco na região de Darién, que conecta a América do Sul à América Central. Colômbia, 7 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 03.11.2023

No último ano fiscal dos EUA, que terminou em setembro do ano passado, as autoridades registraram quase 2,5 milhões de travessias irregulares. Só em dezembro, alguns dias chegaram a registrar até 10 mil travessias.
Mais de meio milhão de migrantes, muitos deles venezuelanos, cruzaram a selva do Darién, na fronteira entre Colômbia e Panamá, no ano passado, seguindo a rota por toda a América Central. Só o México registrou mais de 680 mil estrangeiros em situação irregular de janeiro a novembro.
Além disso, mais de 140.000 pessoas solicitaram refúgio no México em 2023, sendo quase 42.000 delas hondurenhas, os maiores números já registrados.

Fonte: sputniknewsbrasil

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