Celulares não estão associados a câncer cerebral, diz estudo encomendado pela OMS


A revisão foi encomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e publicada na terça-feira (3) pela revista científica Environment International.
Os celulares são frequentemente segurados contra a cabeça durante o uso e emitem ondas de rádio, um tipo de radiação não ionizante. Esses são os dois fatores principais que geram a ideia de que eles podem causar câncer no cérebro.
Em 2011, a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC, na sigla em inglês) classificou a exposição a ondas de rádio como um possível cancerígeno para humanos. O significado dessa classificação foi amplamente mal compreendido e levou a um certo aumento na preocupação.
No entanto, essa nova revisão sistemática de estudos observacionais humanos é baseada em um conjunto de dados muito maior do que aquele examinado pela IARC em 2011.
Amostras em um laboratório (imagem ilustrativa) - Sputnik Brasil, 1920, 26.08.2024

A revisão considerou mais de 5 mil estudos, dos quais 63, publicados entre 1994 e 2022, foram incluídos na análise final, e não foi encontrada nenhuma associação entre o uso de celulares e câncer no cérebro ou qualquer outro câncer de cabeça ou pescoço, diz o relatório.
Também não houve associação com câncer se uma pessoa usou um telefone celular por dez anos ou mais (uso prolongado). A frequência com que ela o usou — seja com base no número de chamadas ou no tempo gasto no telefone — também não fez diferença.
É importante ressaltar que essas descobertas se alinham com pesquisas anteriores. Elas mostram que embora o uso de tecnologias sem fio tenha aumentado massivamente nas últimas décadas, não houve aumento na incidência de cânceres cerebrais, afirmou o estudo, também mencionado pelo Science Alert.
Pílula do câncer - Sputnik Brasil, 1920, 23.08.2024

No geral, os resultados foram mais tranquilizadores, atentando para o fato de que os limites de segurança nacionais e internacionais são protetores. Os celulares emitem ondas de rádio em um nível abaixo desses limites de segurança, e não há evidências de que essa exposição tenha impacto na saúde humana.
Apesar disso, é importante que a pesquisa continue. A tecnologia se desenvolve em um ritmo muito rápido, e com esse desenvolvimento vem o uso de ondas de rádio de diferentes maneiras usando frequências diferentes. Portanto, é essencial que a ciência continue a garantir que a exposição às ondas de rádio dessas tecnologias permaneça segura.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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