Na semana passada, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), representado pelo diretor técnico Eduardo Heron e pelos coordenadores do Comitê Logístico da entidade, Ronald Moraes, Hamilton Sá e Rogerio Fugazza, reuniu-se com representantes da Praticagem de São Paulo, com o objetivo de identificar potenciais gargalos, que influenciam os atrasos de navios no Porto de Santos (SP) e acarretam na lotação de pátio dos terminais, desde a navegação no canal de acesso até os processos de atracação e desatracação.
O Cecafé apresentou os desafios que os exportadores de café vêm enfrentando no Porto de Santos, que, atualmente, responde por 71% dos embarques cafeeiros do Brasil, e buscou informações para melhor entender onde se encontram os entraves que têm ocasionado atrasos dos navios para exportação do produto.
Desde o começo da safra 2023/24, mais da metade dos porta-contêineres destinados aos embarques de café sofreram alteração nas escalas de seus deadlines, com o pico sendo registrado em janeiro deste ano, quando 85% das embarcações tiveram atrasos para exportar o produto, segundo o Boletim Detention Zero (DTZ), elaborado pela ElloX Digital em parceria com o Cecafé.
“Esses atrasos geram custos adicionais elevados e inesperados de pré-stacking e armazenagem aos exportadores de café devido a limitações físicas dos pátios dos terminais portuários no estuário santista, as quais impedem o recebimento de cargas. Por isso, seguimos trabalhando para entender onde se encontram os principais entraves e encontrar, junto a lideranças públicas e privadas, caminhos que otimizem os trâmites nos processos de exportação e minimizem os gastos às empresas exportadoras associadas”, revela Heron.
Diante da solicitação para melhor entender o cenário atual e monitorar a entrada e a saída dos navios no principal porto exportador dos cafés do Brasil, os representantes da Praticagem de São Paulo apresentaram toda a estrutura tecnológica de avaliação e apuração dos serviços praticados no ancoradouro santista.
“Foi uma reunião muito proveitosa no sentido de avançarmos na compreensão dos pontos focais dos gargalos logísticos que têm gerado alterações recorrentes nas escalas de deadlines oriundas dos atrasos dos navios. Seguiremos compilando informações em todo o processo de exportação para encontrar a melhor forma de amenizar os custos aos exportadores, mesmo diante de um cenário extremamente desafiador no Brasil e no mundo”, conclui o diretor técnico do Cecafé.
Fonte: noticiasagricolas