Casa Branca acusa Arábia Saudita de a ‘trair’ com decisão da OPEP+


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Os EUA voltaram a criticar na quarta-feira (26) a decisão da OPEP+ de cortar a produção de petróleo, indicou o jornal americano The New York Times.
O jornal escreveu que a administração de Joe Biden pensou que havia conseguido um acordo com a Arábia Saudita para aumentar a produção petrolífera e se sentiu enganada quando a OPEP+ então realizou a ação exatamente oposta. Em seguida, Washington ainda tentou convencer o governo saudita a inverter a decisão, mas sem sucesso.
“[…] Esta recente decisão da OPEP+ de cortar agora [a produção diária] destes dois milhões de barris […] Não acreditávamos que era de acordo com isso, e certamente não era de acordo com as conversas que estávamos tendo” com a Arábia Saudita, disse John Kirby, coordenador de Comunicação Estratégica da Casa Branca, durante um briefing de imprensa.
Kirby apontou que os Estados Unidos discutiram o assunto com Riad antes e durante a visita do presidente americano à Arábia Saudita em julho e que houve um aumento na produção de petróleo após sua viagem.
Abdulaziz bin Salman, ministro da Energia da Arábia Saudita, durante coletiva de imprensa após a 45ª Reunião Ministerial Conjunta de Monitoramento e a 33ª Reunião Ministerial da OPEP e não-membros da OPEP em Viena, Áustria, 5 de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 17.10.2022

No entanto, após a pergunta de um jornalista sobre ter ou não existido um acordo a esse respeito com a liderança saudita, Kirby recusou entrar em detalhes.
No início de outubro a OPEP+ acordou por unanimidade em diminuir a produção de petróleo em dois milhões de barris por dia a partir de novembro em resposta à incerteza nos mercados energéticos globais. Os EUA condenaram a decisão como míope em meio ao aumento dos preços da energia no país norte-americano e na Europa, e acusaram a Arábia Saudita de se alinhar com a Rússia.
Riad rejeitou as acusações, argumentando que a decisão de cortar a produção de petróleo tinha como objetivo estabilizar o mercado global em meio ao declínio da demanda causado pela desaceleração das economias em todo o mundo.
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