A Embraer, por meio de sua subsidiária Eve Air Mobility, promete apostar forte no segmento de “carros voadores” nos próximos anos. Em evento recente promovido em São Paulo, afirmou que seu eVTOL (aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical) será capaz de ir da Faria Lima até o aeroporto de Guarulhos em apenas 13 minutos.
A declaração chamou bastante atenção, principalmente pelo fato de o trecho, quando percorrido de carro, levar cerca de duas horas para ser concluído. Segundo o vice-presidente sênior de Engenharia e Desenvolvimento Tecnológico da Eve, Luís Carlos Affonso, o eVTOL terá alcance de 100 quilômetros (o suficiente para ambientes urbanos, diz o executivo) e capacidade para pousar e decolar de forma automática (barateando o treinamento de pilotos).
O eVTOL tem rotores para pousos e decolagens, como em um helicóptero, e asas para voar na horizontal, como um avião comum. Além disso, usa propulsão elétrica. A ideia é que o carro voador seja usado para deslocamentos rápidos e funcione como mais uma ferramenta de mobilidade. Recentemente, o modelo passou por um processo de regulamentação na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), órgão responsável por supervisionar as atividades da aviação civil no Brasil.
A Eve planeja colocar o veículo em operação em 2026 e diz ter recebido mais de 2.800 pedidos até o momento. As reservas vêm de 28 clientes de nove países diferentes, incluindo operadoras de helicópteros, companhias aéreas, empresas de leasing e plataformas de voos compartilhados. A estimativa da Embraer é a de que, quando lançado, o carro voador brasileiro possa gerar uma receita líquida de até US$ 14 bilhões (cerca de R$ 82 bilhões).
Atualmente, o projeto do eVTOL é um dos mais importantes da Embraer e, sozinho, conta com a participação de mais de 700 engenheiros. A expectativa da empresa é produzir o modelo em Taubaté (SP), cidade próxima de importantes rodovias, ferrovias e da sede da Embraer em São José dos Campos.
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Fonte: direitonews