Em dez anos, muita coisa pode mudar. A tecnologia evolui, hábitos do cotidiano se transformam e até o nosso ciclo social já não é mais o mesmo. O preço dos carros também não fica de fora dessas mudanças. Neste caso, a diferença pode ser ainda mais surpreendente.
Se em 2015 era possível comprar o Fiat Palio Fire, o carro mais barato do Brasil da época, por R$ 27.590, hoje o título pertence ao Citröen C3 Live, precificado em R$ 73.990. Em uma década, o valor praticamente triplicou, mostrando como a alta dos custos de produção e a inflação nacional, por exemplo, alteraram o patamar de entrada do mercado automotivo brasileiro.
No entanto, vale lembrar que a inflação acumulada no período de julho de 2015 a julho de 2025, pelo índice IPCA do IBGE foi de 70,1%.
Neste artigo, Autoesporte compara as diferenças entre os carros e a evolução dos equipamentos de série de um modelo de entrada de 2015 e 2025. Confira!
A linha 2016 do Fiat Palio Fire, lançada em meados de 2015, trazia novidades na lista de equipamentos como cor cinza chumbo no painel frontal, espelho de cortesia no para-sol do motorista e faróis com canhões pretos, exceto na versão Way, que continuou a ser equipada com faróis de máscara negra.
O Fiat Palio Fire era extremamente simples e os maiores atrativos eram oferecidos como opcional, o que fazia o preço do carro saltar para quase R$ 32 mil. Para ter direção hidráulica, por exemplo, era preciso pagar R$ 1.111. Por mais R$ 3.101, o cliente poderia comprar o kit que trazia ar-condicionado, travas e vidros dianteiros elétricos. Para ter rádio — que já vinha com uma entrada USB —, era preciso desembolsar mais R$ 182.
Vale mencionar que a configuração com duas portas custava R$ 27.590, enquanto para investir em uma opção com quatro portas eram necessários R$ 2.330 a mais. Já a versão Way, também com quatro portas, custava R$ 31.190.
Sob o capô, o Palio Fire 2016 tinha o veterano motor 1.0 Fire flex de quatro cilindros e 8 válvulas, com 75 cv de potência e 9,9 kgfm de torque, acoplado a um câmbio manual de cinco velocidades. O consumo, segundo a Fiat, era de 8,8 km/l na cidade de 10,3 km/l na rodovia, quando abastecido com etanol, e os respectivos números com gasolina vão para 12,3 km/l e 15 km/l.
Quanto ao tamanho, o modelo tem 3,82 metros de comprimento, 1,63 m de largura e entre-eixos de 2,37 m, 1,43 m de altura, além de 280 litros de capacidade no porta-malas.
Atualmente, o posto de carro mais barato do mercado nacional vai para Citröen C3, na versão de entrada Live. O hatch compacto assume a liderança por R$ 4.700 de diferença em relação ao segundo lugar do pódio, ocupado pelo Renault Kwid Zen. Quando comparamos com Fiat Mobi Like, dono da terceira posição, são R$ 5.070 a menos.
Em relação aos equipamentos de série, aqui vemos um grande abismo entre os modelos mais baratos de cada época. Isso porque, apesar de simples, quando comparado com o Palio Fire de dez anos atrás, o hatch da Citröen parece até sofisticado.
Ele traz de série freios com ABS, controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, direção elétrica, ar-condicionado, vidros dianteiros e travas com acionamento elétrico. Além disso, vem com central multimídia de 10” dotada de Android Auto e Apple CarPlay por cabo.
O C3 Live traz motor 1.0 Firefly de 75 cv de potência e 10,7 kgfm de torque. Em relação às dimensões, o compacto mede 3,98 metros de comprimento, 1,73 m de largura, 1,60 m de altura e 2,54 m de entre-eixos. O porta-malas tem 315 litros de capacidade.
Por fim, o consumo do compacto é de 9,3 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada com etanol e 13 km/l na cidade e 14,6 km/l km/l na estrada com gasolina
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Fonte: direitonews