Carro elétrico e híbrido: veja as principais siglas e seus significados


Com os veículos elétricos e híbridos ganhando cada vez mais força na indústria automotiva, novos termos e siglas invadem o vocabulário dos motoristas. De repente, você já não está mais discutindo sobre cilindradas, mas sim sobre kWh, BEV e até e-Pedal.

Por isso, Autoesporte reuniu as siglas mais importantes do mundo da eletrificação e explica o significado de todas elas. Portanto, se você deseja entender melhor o universo dos veículos eletrificados, acompanhe nosso texto e prepare-se para ficar fluente em “eletriquês”!

EV é a sigla em inglês para veículo elétrico, representando qualquer tipo de veículo movido a eletricidade, seja ele totalmente elétrico ou híbrido. Todos os modelos que utilizam motores elétricos para propulsão, sejam complementares ou em substituição aos motores a combustão tradicionais, podem ser classificados como EVs.

Os BEV são veículos elétricos que dependem exclusivamente da energia armazenada em baterias para para alimentar o motor. Veículos do tipo não têm motor a combustão interna, o que os torna livres de emissões de gases poluentes. Um exemplo de BEV são os carros da Tesla, como o Model 3, ou o BYD Dolphin Mini, atual carro elétrico mais vendido no Brasil.

O HEV é um veículo híbrido que combina um motor a combustão interna com um motor elétrico. Os dois sistemas trabalham juntos para otimizar o consumo de combustível e reduzir as emissões.

Também conhecidos como híbridos paralelos ou híbridos plenos, os HEVs não são recarregados na tomada, pois utilizam a energia gerada pelo próprio motor a combustão e pela frenagem regenerativa para recarregar as baterias, geralmente menores que as de modelos híbridos plug-in ou elétricos. No Brasil, o melhor exemplo de veículos HEV são os Toyota Corolla e Corolla Cross.

Os PHEVs são híbridos que podem ser recarregados diretamente em uma fonte externa de energia, como uma tomada ou estação de carregamento. Esses veículos possuem baterias maiores do que os HEVs, permitindo rodar algumas dezenas de quilômetros apenas no modo elétrico antes de acionar o motor a combustão. Exemplo de PHEV: BYD Song Pro e GWM Haval H6.

Os MHEVs são híbridos leves que utilizam um pequeno motor elétrico para dar suporte ao motor a combustão. Embora o sistema elétrico não seja suficiente para mover o veículo sozinho, ele ajuda a melhorar a eficiência energética, especialmente durante a aceleração e em momentos de baixo consumo de energia.

Recém-chegados ao mercado brasileiro, os Fiat Fasback e Pulse híbridos são exemplos de carros MHEV, com sistema elétrico de 12V. Os mais comuns, porém, são os híbridos leves de 48 Volts.

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Os FCEVs são movidos por um sistema de célula de combustível, que gera eletricidade a partir de uma reação química entre o hidrogênio e o oxigênio, liberando apenas vapor d’água como subproduto. Diferente dos BEVs (os veículos elétricos a bateria), os FCEVs não precisam ser recarregados em estações de carregamento, mas sim reabastecidos com hidrogênio. Menos convencionais, especialmente no mercado brasileiro, um exemplo de FCEV é o Toyota Mirai. A marca também vai aplicar o mesmo sistema na Hilux, que ainda não foi lançada oficialmente.

O kW é uma medida de potência elétrica usada para descrever a capacidade do motor elétrico de um veículo. Ele influencia diretamente na aceleração e no desempenho do carro. Quanto maior a quantidade de kW, maior a potência do motor. Por exemplo, um carro com motor de 150 kW pode ter desempenho equivalente a aproximadamente 200 cavalos de potência.

Por outro lado, kWh é a unidade de medida de energia utilizada para descrever a capacidade das baterias dos veículos elétricos. Quanto maior o número de kWh, maior é a autonomia do veículo. Por exemplo, um carro com bateria de 60 kWh pode ter autonomia suficiente para rodar aproximadamente 400 km, dependendo de outros fatores como eficiência e condições de direção.

O e-Pedal é uma tecnologia que permite ao motorista controlar a aceleração e a desaceleração do veículo utilizando apenas um pedal. Ao liberar o acelerador, o carro desacelera automaticamente e, em alguns casos, até para completamente, recuperando energia por meio do sistema de frenagem regenerativa. Essa função melhora a eficiência energética e simplifica a condução, especialmente em áreas urbanas. A maioria dos veículos BEV oferecem essa tecnologia como modo de condução.

O SOC indica o percentual de carga disponível na bateria do veículo elétrico, assim como o indicador de combustível em um carro a combustão. Um SOC de 100% significa que a bateria está totalmente carregada, enquanto 0% indica que está completamente descarregada.

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O CCS é um padrão de conector de carregamento rápido que combina dois tipos de carregamento: CA (corrente alternada) e CC (corrente contínua). Esse conector é amplamente utilizado por fabricantes europeus e permite que o veículo seja carregado em estações de carregamento rápido com corrente contínua.

V2G é uma tecnologia que permite aos veículos elétricos devolverem energia à rede elétrica. Com essa tecnologia, um veículo com bateria carregada pode servir como uma “bateria móvel”, fornecendo energia em momentos de alta demanda e ajudando a estabilizar o sistema elétrico. Alguns veículos disponíveis no Brasil dispõe dessa função, como é o caso da BYD Shark, a picape híbrida plug-in da marca chinesa, e o Hyundai Ioniq 5.

O REEV é um veículo elétrico equipado com um pequeno motor a combustão que atua como gerador para recarregar a bateria, aumentando sua autonomia sem depender exclusivamente de uma tomada para recarregar. Um exemplo clássico é o BMW i3 quando equipado com extensor de autonomia.

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O TMS é responsável por manter a temperatura ideal da bateria de um veículo elétrico, evitando superaquecimento ou resfriamento excessivo. Um sistema eficaz de gerenciamento térmico melhora a eficiência da bateria e aumenta sua vida útil.

O WLTP é um padrão global utilizado para medir a autonomia e o consumo de energia dos veículos elétricos. Os testes realizados sob o protocolo WLTP são mais realistas do que os antigos padrões NEDC, fornecendo uma estimativa mais precisa da autonomia do veículo em condições reais. Aqui no Brasil, o órgão responsável por fazer a medição é o Inmetro.

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Fonte: direitonews

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