Carrefour França Responde a Polêmica Sobre Carnes do Mercosul


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O Carrefour França emitiu, nesta quinta-feira (21), uma nota oficial esclarecendo que a decisão de suspender a venda de carnes provenientes do Mercosul se aplica exclusivamente às suas lojas na França, e não a outros países onde o grupo opera. A medida foi anunciada no dia 20 de novembro, gerando controvérsia e reações tanto do setor agrícola francês quanto das autoridades brasileiras.

Em seu comunicado, o Carrefour França afirmou: “O Carrefour França informa que a medida anunciada ontem, 20/11, se aplica apenas às lojas na França. Em nenhum momento ela se refere à qualidade do produto do Mercosul, mas somente a uma demanda do setor agrícola francês, atualmente em um contexto de crise.”

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A nota esclareceu ainda que a decisão não afeta as operações de carne do Mercosul em outros países. “Todos os outros países onde o Grupo Carrefour opera, incluindo Brasil e Argentina, continuam a operar sem qualquer alteração e podem continuar adquirindo carne do Mercosul. Nos outros países, onde há o modelo de franquia, também não há mudanças.”

A polêmica surgiu quando, na quarta-feira (20), o CEO do grupo Carrefour, Alexandre Bompard, usou suas redes sociais para afirmar que a empresa “assume hoje o compromisso de não comercializar nenhuma carne proveniente do Mercosul”, que inclui Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. No entanto, Bompard não especificou em quais países a medida se aplicaria, gerando incertezas sobre seu alcance.

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Reação do Ministério da Agricultura do Brasil

O anúncio gerou uma resposta imediata do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil, que criticou a ação da França, acusando-a de protecionismo. “O Ministério da Agricultura rechaça as declarações do CEO do Carrefour e reafirma a qualidade e o compromisso da agropecuária brasileira com a legislação e as boas práticas agrícolas, em consonância com as diretrizes internacionais”, declarou a pasta.

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O Ministério também ressaltou que o Brasil atende aos padrões “rigorosos” exigidos pela União Europeia, acrescentando que o bloco europeu compra e valida, por meio de suas autoridades sanitárias, a qualidade das carnes brasileiras. A reação brasileira foi uma tentativa de reafirmar a confiança nos produtos do país e evitar impactos negativos para a indústria de carnes do Mercosul.

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Fonte: gazetabrasil

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