A suína foi exceção, com recuo nos preços externos, mas alta no interno.
O Brasil perdeu o ritmo das exportações de carnes “in natura” no mês passado, em relação a igual período do ano anterior.
Apesar de uma desaceleração nos volumes, as receitas continuam crescentes para os exportadores, conforme os dados divulgados pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), nesta segunda-feira (1º).
CARNE SUINA AVE E BOVINA FOTO FUNDAPEC
As exportações de carne bovina mantêm um bom volume, repetindo o patamar de 167 mil toneladas de julho de 2021. Já as de suínos tiveram retração de 5%, recuando para 87,91 mil toneladas.
As vendas externas de carne de frango também perderam ritmo no mês passado, em relação a igual período anterior. Os dados da Secex indicam exportações de 377,1 mil toneladas da proteína “in natura”, 3,6% abaixo do volume de julho de 2021.
Embora o país tenha reduzido um pouco o volume exportado, a demanda externa não permite queda nos preços internacionais, à exceção nos valores de negociação da carne suína.
A desaceleração das compras da China fez o valor médio desta proteína recuar para US$ 2.381 por tonelada no mês passado, 4,6% a menos do que em julho de 2021.
Já a carne de frango teve valorização de 30% no período, subindo para US$ 2.237 por tonelada. A de boi foi a US$ 6.549, com aumento de 20% em 12 meses.
No mercado interno, as carnes começam a perder preço, à exceção da suína que, devido a uma oferta menor e retomada das exportações, interrompeu a tendência de queda. Em julho, a alta foi de 2% para os consumidores.
Conforme pesquisa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a bovina teve queda de 0,5%, e a de frango subiu 1%, um ritmo de alta inferior ao registrado nas semanas anteriores (Folha de S.Paulo, 3/8/22)