A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, rejeitou um pedido para suspender uma investigação sobre a possível interferência da cúpula da PF na operação que prendeu o ex-ministro da Educação (MEC), Milton Ribeiro.
A ministra do STF analisou pedido apresentado na Corte pela defesa de um dos delegados que foram convocados a prestar depoimento pelo delegado Bruno Calandrini. Ele é o responsável pela apuração sobre os supostos esquemas de corrupção no MEC.
Cármen Lucia rejeitou a ação por entender que o pedido não era adequado. Isso porque buscava encerrar o inquérito que apura o esquema no MEC.
“É que se põe em causa nesta ação alegado constrangimento ilegal constante de sindicância em curso contra o paciente na Polícia Federal. O pedido formulado – estranhamente dissociado do alegado constrangimento ilegal do paciente – é no sentido de se buscar o trancamento de um inquérito sobre diversas autoridades, que não o paciente, em curso neste Supremo Tribunal”, disse a ministra do STF na decisão.
De acordo com Cármen Lucia, o “alegado constrangimento ilegal sofrido pelo paciente ( delegado) decorreria de sindicância instaurada contra ele na Polícia Federal”, não deve deve ser discutido da forma como foi apresentado ao Supremo pela defesa.