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O empresário Rafael Renard Gineste, um dos alvos da megaoperação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) deflagrada na última quinta-feira, tentou fugir de lancha após a ação da Polícia Federal. Um vídeo divulgado pelo programa Fantástico mostra o momento em que o suspeito é rendido pelos agentes. “Joga fora o celular. Polícia Federal!”, grita um dos policiais durante a abordagem. Rafael foi preso em Bombinhas, no litoral norte de Santa Catarina, após não ser encontrado em um condomínio de luxo em Curitiba (PR). Uma mulher também foi detida com ele.
A operação, batizada de “Carbono Oculto”, envolveu uma força-tarefa de 1.400 agentes da Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público de São Paulo (MP-SP), cumprindo 200 mandados de busca e apreensão contra 350 alvos em dez estados do país. Segundo a investigação, o esquema criminoso movimentou bilhões no setor de combustíveis e causou sonegação de até R$ 7,6 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais. A Receita Federal afirma que algumas empresas envolvidas movimentaram R$ 52 bilhões para o PCC.
O esquema também utilizava fundos de investimentos para ocultar patrimônio de origem ilícita. Foram identificados 40 fundos, com patrimônio estimado em R$ 30 bilhões, controlados pelo PCC. As operações aconteciam no mercado financeiro de São Paulo, com membros infiltrados na Avenida Faria Lima, através da compra e venda de imóveis e títulos entre empresas do mesmo grupo.
Rafael Renard é sócio-administrador da F2 Holding Investimentos, no Paraná. Outros presos incluem:
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João Chaves Melchior, ex-policial civil;
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Ítalo Belon Neto, empresário do setor de combustíveis, envolvido com sonegação desde 2001;
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Rafael Bronzatti Belon, dono da empresa Tycoon Technology e do banco digital Zeit Bank;
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Gerson Lemes;
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Thiago Augusto de Carvalho Ramos, empresário de Curitiba no setor de combustíveis.
Outros oito suspeitos permanecem foragidos e tiveram seus nomes incluídos na difusão vermelha da Interpol, entre eles:
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Mohamad Hussein Mourad, conhecido como “João”, “Primo” ou “Jumbo”, apontado como “epicentro” do esquema;
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Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”, co-líder do esquema;
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Daniel Dias Lopes, considerado pessoa-chave por ligação com distribuidoras de combustíveis;
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Miriam Favero Lopes, esposa de Daniel e sócia em empresas ligadas às fraudes;
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Felipe Renan Jacobs, empresário do setor de combustíveis;
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Renato e Rodrigo Renard Gineste, empresários do setor de combustíveis e varejo;
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Celso Leite Soares, dono de empresa de cultivo de cana-de-açúcar, no interior de São Paulo.
A operação Carbono Oculto é considerada a maior da história do país contra o crime organizado, com o objetivo de desarticular um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e sonegação envolvendo o PCC.
Fonte: gazetabrasil