Composta por 20 equipes, a 1ª Caravana de Educação Sanitária em Defesa Agropecuária da Região Sudeste percorreu 13 municípios capixabas, levando ações de capacitação em sistema de imersão, com apresentação de conhecimento teórico e realização de atividades práticas de educação sanitária, em comunidades rurais e instituições de ensino.
A coordenadora do Programa Nacional de Educação Sanitária (Proesa), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Proesa), Juliana Moreira Vaz, fez um balanço da iniciativa e ressaltou que essa foi a maior Caravana feita pelo programa até agora. “No total, foram 2.729 pessoas capacitadas e sensibilizadas, entre 95 técnicos, 407 lideranças, 46 profissionais da iniciativa privada, 1.117 alunos dos ensinos fundamental e médio, 615 estudantes de ensino superior, 127 produtores, 12 tratadores de animais e 310 passageiros de linhas de transporte rodoviário”.
O superintendente Federal de Agricultura no ES, Guilherme Gomes de Souza, destacou a importância de ações educativas, como a ocorrida com a Caravana. “A educação sanitária é uma ferramenta de defesa agropecuária muito importante para o Mapa. Com auxílio e apoio dos órgãos estaduais, levamos conhecimento a técnicos, produtores e população em geral sobre como se propaga e como se previne a Monilíase e a Influenza Aviária para evitar que essas doenças e pragas cheguem ao estado”.
“Acreditamos que a Caravana contribuiu para incentivar os participantes a atuarem como parceiros da SFA-ES e multiplicadores das informações sobre Monilíase e Influenza aviária, utilizando as ferramentas de educação sanitária, aplicação de metodologias participativas de aprendizagem e de comunicação social aprendidas para aumentar o alcance das informações e aumentar a eficiência das nossas ações”, ressaltou o chefe da Divisão de Defesa Agropecuária (DDA-ES) da SFA-ES, Eduardo Farina de Freitas.
A Caravana também contou com a participação de equipes técnicas dos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. “Fiquei muito feliz em participar da caravana no ES. Aprendi muito sobre as novas técnicas, sobre as inovações que estão envolvidas com a educação sanitária e espero no futuro replicar esse conhecimento. Além disso, tivemos instrutoras muito competentes e dedicadas que fizeram toda a diferença na caravana”, disse Lucas Silva Jardim, do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).
A estudante de agronomia do Ifes Itapina, em Colatina, Ariadna Passamani Benicá, afirmou que se surpreendeu com o treinamento. “Eu encontrei com a capacitação, além do conhecimento técnico, formas de disseminar essas informações de uma maneira mais prática e espero que, a partir de agora, eu possa compartilhar essas técnicas com muitas pessoas da região, com o pessoal do Ifes”.
A Caravana foi promovida pela Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Espírito Santo (SFA-ES) e faz parte do Programa Nacional de Educação Sanitária (Proesa), do Ministério da Agriculta e Pecuária (Mapa). A ação contou ainda com apoio de diversas instituições parceiras, como a Secretaria de Estado da Agricultura (Seag); o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf); o Instituto Federal do Espírito Santo (IFES); o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-ES), Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea (Mútua), o Banco do Nordeste, entre outros.
Influenza Aviária
No estado do Espírito Santo foi detectado o primeiro caso do Brasil de Influenza Aviária e Alta Patogenicidade (IAAP), em aves silvestres, no dia 15 de maio de 2023. No Espírito Santo também foi detectado o primeiro foco do Brasil em aves domésticas em criação de subsistência, no dia 27 de junho do mesmo ano. Na ocasião, as medidas sanitárias foram aplicadas para contenção e erradicação dos focos de IAAP, bem como intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas nas regiões relacionadas aos focos. Atualmente, o estado não apresenta nenhum foco de IAAP e mantém uma vigilância contínua para prevenir possíveis recorrências da doença.
Monilíase do Cacaueiro
A monilíase do cacaueiro é uma das principais ameaças fitossanitárias para as cadeias produtivas do cacau e cupuaçu do Brasil. O primeiro foco da praga no Brasil foi identificado em julho de 2021 no município de Cruzeiro do Sul, interior do Acre. Em novembro de 2022, um novo foco da praga foi detectado nos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant, no estado do Amazonas. No Espírito Santo, que é o terceiro maior produtor de cacau do Brasil, ainda não houve registro da praga.
Fonte: noticiasagricolas