A Caoa Chery aproveitou o Salão do Automóvel para confirmar a chegada de uma série de novidades ao Brasil e anunciar que terá um calendário de lançamentos agitado em 2026. Em conversa com Autoesporte, Carlos Philippe Luchesi de Oliveira Andrade e Carlos Alberto de Oliveira Andrade Filho, presidentes da Caoa, detalharam os planos e revelaram que um novo pacote de investimentos está sendo programado. O aporte será anunciado em 2026 e, entre outras áreas, viabilizará a produção nacional das versões híbridas de Tiggo 5X, 7 e 8.
Os números ainda não foram divulgados, mas serão cifras bilionárias e levantadas pela própria Caoa. Além dos SUVs da Chery, a empresa confirmou que parte do montante será destinada às operações firmadas com a Changan, no âmbito da recém-formada Caoa Changan. A nova aliança foi oficializada durante a abertura do Salão do Automóvel e, vale lembrar, antecipada em primeira mão por Autoesporte desde meados de agosto.
Dessa forma, a Caoa passa a atuar no mercado em parceria com duas marcas diferentes. Por serem concorrentes, Chery e Changan terão lojas separadas. Já a aliança com a Hyundai parece ter chegado ao fim, pelo menos do ponto de vista produtivo, conforme antecipado por nossa reportagem em junho. A sul-coreana já não produz mais veículos em Anápolis (GO) e o espaço será ocupado agora pela Changan.
Voltando à Caoa Chery, o investimento previsto contemplará a produção nacional do novo Tiggo 5X HEV, apresentado com destaque no Salão do Automóvel. O modelo adota dianteira e traseira totalmente redesenhadas, seguindo o estilo dos SUVs maiores da marca, além de coluna C com formato integrado ao vidro. Já na traseira, as lanternas agora formam uma única peça com assinatura luminosa inédita.
Por dentro, o SUV compacto ganhou painel com linhas mais horizontalizadas, novas saídas de ventilação e telas de 12 polegadas integradas, reunindo central multimídia e quadro de instrumentos na mesma moldura. A marca diz ainda que há novas opções de revestimento e materiais de melhor qualidade na composição das peças.
Na mecânica, a novidade fica por conta da adoção de um sistema eletrificado mais robusto, do tipo híbrido pleno (HEV). A marca não revelou detalhes, mas de toda forma será um sistema bem mais eficiente e avançado que o híbrido leve (MHEV) usado atualmente.
Uma das possibilidades é que o conjunto seja o mesmo adotado pelo Omoda 5 HEV, ou seja, motores 1.5 turbo e elétrico associados, entregando 224 cv de potência e 30,1 kgfm de torque combinados.
O plano de investimento também contemplará a nacionalização das versões híbridas plug-in (PHEV) dos modelos Tiggo 7 e Tiggo 8. Hoje importadas da China, as variantes eletrificadas passarão a ser montadas na fábrica de Anápolis ao lado das configurações a combustão já vendidas.
Os dois SUVs têm conjunto mecânico formado por motor 1.5 TCi turbo a gasolina, com injeção indireta e ciclo Otto, de 147 cv de potência, associado a dois motores elétricos. No total, são entregues 317 cv de potência e 56,6 kgfm de torque combinados. O câmbio DHT tem 11 marchas simuladas.
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Fonte: direitonews
