Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 30 mil mulheres são diagnosticadas com tumores ginecológicos por ano no Brasil. Os cânceres ginecológicos mais comuns são os que atingem útero, ovário e endométrio. Embora raros, também podem aparecer tumores na vagina e na vulva.
O câncer de colo do útero é o tipo mais comum e corresponde a mais da metade dos diagnósticos. Um dos principais fatores para o desenvolvimento da doença é a infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV).
Os tumores ginecológicos costumam acometer, principalmente, adultas com mais de 50 anos. Na maioria dos casos, os cânceres ginecológicos são silenciosos, fazendo com que as pacientes descubram a doença apenas em estágios avançados.
Além do acompanhamento de saúde periódico, com visita ao ginecologista e realização de exames, a paciente deve buscar ajuda para investigar diante dos seguintes sinais de alerta do corpo:
- Sangramento vaginal não relacionado à mesntruação;
- Inchaço abdominal;
- Sensação de estômago cheio;
- Dor pélvica ou pressão abaixo do umbigo;
- Dor de estômago;
- Vulva e vagina com feridas ou bolhas.
Dores durante a relação sexual, fadiga sem motivo, alterações intestinais e perda de peso em excesso também podem sinalizar neoplasias ginecológicas.
Fatores de risco
Mulheres que tiveram infeção por HPV devem redobrar a atenção, pois a maioria dos casos de câncer no aparelho reprodutor feminino está ligada à doença.
Primeira menstruação antes dos 12 anos, menopausa após os 52 ou uso de reposição hormonal com estrogênio também são fatores de risco, bem como tabagismo, obesidade e diabetes.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e é uma das quatro principais causas de morte antes dos 70 anos em diversos países. Por ser um problema cada vez mais comum, o quanto antes for identificado, maiores serão as chances de recuperaçãoboonchai wedmakawand

Por isso, é importante estar atento aos sinais que o corpo dá. Apesar de alguns tumores não apresentarem sintomas, o câncer, muitas vezes, causa mudanças no organismo. Conheça alguns sinais que podem surgir na presença da doençaPhynart Studio/ Getty Images

A perda de peso sem nenhum motivo aparente pode ser um dos principais sintomas de diversos tipos de cânceres, tais como: câncer no estômago, pulmão, pâncreas, etc.Flashpop/ Getty Images

Mudanças persistentes na textura da pele, sem motivo aparente, também pode ser um alerta, especialmente se forem inchaços e caroços no seio, pescoço, virilha, testículos, axila e estômagoFG Trade/ Getty Images

A tosse persistente, apesar de ser um sintoma comum de diversas doenças, deve ser investigada caso continue por mais de quatro semanas. Se for acompanhada de falta de ar e de sangue, por exemplo, pode ser um indicativo de câncer no pulmãoSouth_agency/ Getty Images

Outro sinal característico da existência de um câncer é a modificação do aspecto de pintas. Mudanças no tamanho, cor e formato também devem ser investigadas, especialmente se descamarem, sangrarem ou apresentarem líquido retidoPeter Dazeley/ Getty Images

A presença de sangue nas fezes ou na urina pode ser sinal de câncer nos rins, bexiga ou intestino. Além disso, dor e dificuldades na hora de urinar também devem ser investigadosRealPeopleGroup/ Getty Images

Dores sem motivo aparente e que durem mais de quatro semanas, de forma frequente ou intermitente, podem ser um sinal da existência de câncer. Isso porque alguns tumores podem pressionar ossos, nervos e outros órgãos, causando incômodos ljubaphoto/ Getty Images

Azia forte, recorrente, que apresente dor e que, aparentemente, não passa, pode indicar vários tipos de doenças, como câncer de garganta ou estômago. Além disso, a dificuldade e a dor ao engolir também devem ser investigadas, pois podem ser sinal de câncer de esôfagoDjelicS/ Getty Images
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Prevenção
Os casos de câncer de colo de útero podem ser evitados ou precocemente detectados com exames preventivos anuais. “É possível identificar lesões pré-cancerosas que, uma vez tratadas, não evoluem para câncer, ou diagnosticar precocemente tumores existentes, oferecendo melhores resultados nos tratamentos”, afirma a oncologista Angélica Nogueira, do Grupo Oncoclínicas.
Hábitos como fazer atividades físicas, ter uma dieta equilibrada, usar preservativos durante o sexo e se vacinar contra o HPV são igualmente essenciais para evitar cânceres ginecológicos. O imunizante é oferecido gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2014. Adolescentes com idades entre 9 e 14 anos, além de pacientes com câncer, HIV e transplantadas têm direito à vacina.
Tratamentos
Entre as terapias utilizadas para tratar os tumores ginecológicos estão radioterapias, cirurgias, quimioterapias, braquiterapia – que coloca altas doses de radiação diretamente no tumor – ou, ainda, a combinação de dois ou mais tratamentos. Tudo vai depender do subtipo da doença, do estado dos tumores e da condição clínica da paciente.
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