Um levantamento recente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), baseado em dados do Sistema de Informações do Ministério da Saúde (SIH/SUS), revela que o câncer de bexiga matou quase 5 mil pessoas anualmente no Brasil entre 2019 e 2022, totalizando 19.160 óbitos. Desses, 67,6% ocorreram entre homens.
O estudo aponta que, dos 110,5 mil novos casos registrados desde 2019, a maioria foi em São Paulo (37.582), Minas Gerais (13.501), Paraná (9.166) e Rio de Janeiro (8.777).
O presidente da SBU, Luiz Otavio Torres, destaca que mais de 110.508 novos casos do tumor foram identificados entre 2019 e abril deste ano. Ele alerta que o tabagismo é o principal fator de risco para o câncer de bexiga.
Em julho, a Sociedade Brasileira de Urologia está realizando uma campanha de conscientização sobre essa neoplasia.
“O tabagismo é relacionado a mais de 50% dos casos. Portanto, eliminando esse hábito, conseguimos diminuir significativamente as chances de aparecimento desse tumor. Outro ponto fundamental na prevenção é seguir hábitos saudáveis, como manter uma alimentação balanceada, beber água em quantidade adequada e exercitar-se”, afirmou Otavio.
A diretora de Comunicação da SBU e coordenadora da campanha, Karin Jaeger Anzolch, afirmou que o tabagismo como um fator de risco para outros tipos de câncer além do de pulmão ainda é algo desconhecido por grande parte da população.
Já em relação aos sinais de alerta do tumor, o coordenador do Departamento de Uro-Oncologia da SBU, Mauricio Dener Cordeiro diz que “a presença de sangue visível na urina é o sintoma mais comum do câncer de bexiga e está normalmente presente em 80% dos pacientes”.
Porém, muitas vezes o sintoma é descartado porque, no início, o câncer é mais silencioso e não provoca dor: “É comum as pessoas não darem a devida importância e retardarem a ida ao médico, podendo agravar o quadro”, alertou Anzolch.
Fonte: gazetabrasil