Caminhões híbridos e flex são destaque em feira como alternativas ao diesel


A 24ª edição do Salão Internacional do Transporte Rodoviário da América Latina (Fenatran) – maior feira para o setor de transporte rodoviário de cargas e logística do continente, que acontece de 4 a 8 de novembro no SP Expo – ratifica a chegada dos combustíveis alternativos ao diesel no segmento de caminhões apresentando modelos híbridos, elétricos e movidos a biodiesel. A maioria, no entanto, ainda em caráter experimental.

É o caso da Volkswagen Caminhões, que apresentou o primeiro caminhão híbrido do mercado nacional. Equipado com um motor a diesel combinado a um eixo auxiliar elétrico, o Meteor Hybrid pode reduzir mais de 90% das emissões de CO2e quando combinado ao uso de HVO, o diesel verde renovável. Trata-se de veículo conceitual, ainda em fase de testes. Tal como o Constellation 26.280 movido a biometano, que iniciará testes em frotas de clientes a partir de 2025.

Na Volvo, ser biocombustível significa que o caminhão pode rodar tanto com diesel comum (B14) quanto com biodiesel puro. Assim é o FH B100 Flex, que promete reduzir entre 70% e 90% a emissão de dióxido de carbono. Segundo a marca, há 80 unidades do modelo em uso no Brasil, restritas àqueles frotistas com capacidade de produzir o próprio biodiesel, ainda indisponível nos postos de combustível.

Outra novidade na linha FH é a série especial que comemora os 30 anos do início da importação do caminhão para o Brasil. Limitada a 60 unidades, traz um tom de vermelho exclusivo.

Também em caráter experimental trabalham os 30 exemplares do FM Electric importados para a América do Sul, sendo 25 deles destinados ao mercado nacional. “Ainda estamos analisando com o governo como será o desenvolvimento da estrutura de recarga nas estradas, bem como a questão dos 35% de imposto de importação”, explica Alcides Cavalcanti, diretor-executivo da Volvo Caminhões. Cada unidade do modelo custa cerca de R$ 4 milhões.

Ambos protagonizam a meta da marca sueca de reduzir em 50% as emissões de CO2 de origem fóssil em seus veículos até 2030 e em 100% até 2040.

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Para Jefferson Ferrarez, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil, esta edição da feira é histórica. Isso porque a marca alemã apresentou modelos elétricos que, a partir do próximo ano, serão testados por clientes.

Empresas como Braspress Transportes Urgentes (Logística), Coca-Cola Femsa Brasil (Distribuição de Bebidas), Expresso Nepomuceno (Transporte e Logística) e Suzano (papel e celulose), entre outras, rodarão com os modelos eActros 300, eActros 400 –indicados para operações interurbanas de cargas médias e pesadas – e eCanter, para transportes urbanos.

“Já temos experiência no Brasil com eletrificação em ônibus no transporte coletivo. Vamos aproveitar essa expertise para o universo dos caminhões”, sintetiza Achim Puchert, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina.

Já a Scania promete entregar as primeiras unidades do elétrico 30 G 4×2 a partir de janeiro de 2026, já que a produção na Europa terá início no próximo ano. Dotado de dois pacotes de bateria, totalizando 416 kWh, o semipesado tem 250 quilômetros de autonomia e 300 kW (equivalentes a 410 cv) de potência.

Já a Cummins exibiu na Fenatran a versão X15L da plataforma de motores denominada HELM, que a partir de um mesmo bloco pode aceitar diesel, gás natural e hidrogênio, exigindo apenas modificações no cabeçote.

A empresa também aposta no etanol como alternativa. Nos seus cálculos, um veículo pesado movido a etanol, por exemplo, pode emitir apenas 40 kg de CO₂ a cada 100 km, número que sobe para 114 kg de CO₂ no caso do diesel.

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Fonte: direitonews

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