Calotas perdidas se acumulam e viram risco à segurança em rodovia de SP


O trecho da rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) que liga as cidades de Taubaté e Ubatuba, em São Paulo, tem chamado atenção nos últimos meses pela formação de um fenômeno inusitado: o acúmulo de centenas de calotas. A cena fica ainda mais evidente nas curvas da descida da serra, onde as peças se desprendem das rodas dos carros e formam amontados de plásticos às margens da pista.

O problema tem causado tantos transtornos que está exigindo ação direta do Departamento de Estradas e Rodagem (DER-SP). Segundo o órgão, uma equipe com cerca de 10 funcionários foi formada para coletar semanalmente todas as calotas soltas encontradas na rodovia. Só no último mês, para se ter ideia, mais de 2.000 peças foram recolhidas.

O acúmulo acontece principalmente entre os quilômetros 79 e 86, já no município de Ubatuba. O DER explica que as calotas se soltam em razão da inclinação da pista e da intensidade das curvas, além do uso constante dos freios nas descidas. O calor gerado nas frenagens afeta diretamente o plástico e as peças (especialmente as dianteiras) não resistem. Até mesmo modelos fixados com parafusos, geralmente mais seguros, também acabam se desprendendo.

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A coleta começa pelos pontos de maior acúmulo e depois se estende por mais de 8 km. O serviço é fundamental para evitar acidentes, já que peças plásticas soltas no meio da pista representam grave risco aos motoristas. No período de verão, o fluxo na rodovia Oswaldo Cruz é ainda mais intenso. Segundo o DER, “entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024, o tráfego diário médio registrado [na SP-125] foi de 4.400 veículos”.

As calotas recolhidas na rodovia não reencontram os donos. Elas são destinadas a um ponto de coleta seletiva para posterior reciclagem.

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Fonte: direitonews

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