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Cortes em cabos submarinos no Mar Vermelho interromperam o acesso à internet em partes da Ásia e do Oriente Médio, conforme informaram especialistas neste domingo (7). As causas do incidente ainda são desconhecidas.
Há especulações de que os cabos possam ter sido alvos da campanha dos rebeldes houthis do Iêmen, que atacam navios na região em uma tentativa de pressionar Israel a encerrar a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza. No entanto, os houthis negaram ter atacado as linhas no passado.
Os cabos submarinos são um dos pilares da internet, juntamente com as conexões via satélite. Geralmente, os provedores de serviços de internet possuem múltiplos pontos de acesso e redirecionam o tráfego em caso de falha, embora isso possa causar lentidão para os usuários.
A Microsoft anunciou em seu site que o Oriente Médio poderia enfrentar uma maior lentidão devido aos cortes nos cabos no Mar Vermelho, mas ressaltou que o tráfego de internet que não passa pela região não foi afetado.
A NetBlocks, que monitora o acesso à internet, informou que os cortes prejudicaram a conectividade em vários países, incluindo a Índia e o Paquistão. O problema foi atribuído a falhas que afetam os sistemas de cabo SMW4 e IMEWE perto de Jidá, na Arábia Saudita.
O cabo SMW4 é operado pela Tata Communications, parte do conglomerado indiano, enquanto o IMEWE é operado por um consórcio supervisionado pela Alcatel Submarine Networks. Nenhuma das empresas respondeu aos pedidos de comentário.
Autoridades do Kuwait relataram que o cabo FALCON GCX, que atravessa o Mar Vermelho, também foi cortado, causando interrupções no pequeno país rico em petróleo. Nos Emirados Árabes Unidos, usuários reclamaram de lentidão na internet, mas o governo não se pronunciou sobre o ocorrido.
Os cabos submarinos podem ser cortados por âncoras de navios ou serem alvo de ataques. Reparos podem levar semanas, pois a localização exata e a equipe de conserto precisam ser deslocadas até a área danificada.
Os cortes ocorrem em meio a uma série de ataques contínuos dos rebeldes houthis contra Israel. Em resposta, Israel tem realizado ataques aéreos, incluindo um que matou líderes importantes do movimento rebelde.
No início de 2024, o governo iemenita no exílio já havia alertado que os houthis planejavam atacar os cabos. Os rebeldes, apoiados pelo Irã, negaram a responsabilidade, mas o canal de notícias via satélite houthi, Al-Masirah, reconheceu os cortes, citando a NetBlocks.
Entre novembro de 2023 e dezembro de 2024, os houthis atacaram mais de 100 navios com mísseis e drones. Em sua ofensiva, já afundaram quatro navios e mataram pelo menos oito marinheiros. Os novos ataques ocorrem em um momento de incertezas sobre um possível cessar-fogo na guerra entre Israel e Hamas e de tensões entre os Estados Unidos e o Irã, após a guerra de 12 dias entre Israel e a República Islâmica. .
(Com informações da AP)
Fonte: gazetabrasil