O BYD Yuan Pro chegou ao mercado com preço abaixo do que esperávamos, que era na faixa dos R$ 200 mil. Mas, por R$ 182.800, o SUV elétrico briga com as versões mais caras dos compactos a combustão, como Volkswagen T-Cross, Honda HR-V e Jeep Renegade. Para ser justo com todos, selecionamos as opções com preços mais próximos do lançamento chinês.
O modelo, conhecido como o SUV do Dolphin, por ter a mesma plataforma, chegou para brigar mesmo é com os elétricos Peugeot e-2008, Volvo EX30 e Neta X. Mas o preço mais baixo deve incomodar mesmo esses concorrentes com motores flex.
Colocamos lado a lado para você ver se vale a pena ter um elétrico ou continuar nos tradicionais SUVs flex por mais um tempo.
O Yuan Pro é menor que o Honda HR-V, mas pouca coisa maior que os outros dois rivais. O bom espaço interno é garantido pela distância entre-eixos na média da categoria, mas peca pelo porta-malas de apenas 262 litros, menor do que de hatches como Volkswagen Polo e Fiat Argo, que têm 300 litros.
A BYD equipou o Yuan Pro com banco do motorista com ajustes elétricos, central multimídia giratória com tela de 12,8 polegadas e conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay, painel de instrumentos de 8,8″, carregador de celular por indução, freio de estacionamento eletrônico, sistema de som com seis alto-falantes e ar-condicionado digital.
Ficou de fora o pacote Adas, com itens como piloto automático adaptativo, frenagem automática de emergência e auxiliar de permanência em faixa, ar-condicionado de duas zonas. O BYD também ficou devendo o teto solar, que T-Cross e o Renegade oferecem.
Com 177 cv de potência e 29,5 kgfm de torque, o BYD chega aos 100 km/h em 7,9 segundos e a velocidade máxima é de 160 km/h. O T-Cross acelera em 8,6 segundos e vai até os 202 km/h com seu motor 1.4 TSI 250 turbo flex de 150 cv e 25,5 kgfm.
O Jeep Renegade se destaca por ter tração 4×4 e um motor 1.3 T270 turbo flex com 185 cv de potência e 27,5 kgfm de torque. Faz de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos e atinge 202 km/h.
Já o Honda HR-V em sua segunda versão mais cara, a Advance, traz o 1.5 turbo com 177 cv e 24,5 kgfm, mas a Honda não revela os dados de desempenho. Em nosso teste com a versão Touring, em abril, o SUV levou 8,5 segundos para chegar aos 100 km/h.
Por ser elétrico, é difícil comparar o consumo do BYD Yuan Plus com seus rivais a combustão. Sabemos que sua autonomia aferida pelo Inmetro é de 250 km com uma carga da sua bateria de 45,1 kWh. Em São Paulo, o custo do kWh é de R$ 0,696. Logo, para carregar o SUV por completo em casa, sairia por R$ 31,34.
Encher o tanque de 49 litros do T-Cross custaria R$ 190,61 levando em conta o preço do etanol, que em média sai por R$ 3,89 em São Paulo, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O Honda HR-V tem tanque com um litro a mais, então custa R$ 194,50 para encher. Já no Renegade, são R$ 213,95 para abastecer os 55 litros.
O custo por quilômetro do Yuan Plus acaba sendo de 12 centavos, enquanto o T-Cross gasta 45 centavos por quilômetro considerando um uso misto de 70% na cidade e 30% na estrada. O Honda vai gastar 49 centavos e o Jeep 60 centavos.
Já a autonomia com etanol fica a seguinte: o T-Cross roda até 397 km na cidade e 564 km na rodovia, o HR-V tem alcance de 400 km e 460 km, respectivamente, enquanto o Renegade chega a 423 km na cidade e na rodovia atinge a 500 km. Os números são do Inmetro.
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Fonte: direitonews