Lançada no ano passado, a BYD Shark tem patinado nas vendas. A picape híbrida plug-in vendeu apenas 313 unidades em 2024 e soma 855 emplacamentos no acumulado de janeiro a setembro de 2025 – número bem distante das mais de 36 mil Toyota Hilux comercializadas no período. Qual o jeito para vender mais? Dar quase R$ 70 mil de desconto.
Vendida em versão única por R$ 379.800 desde o seu lançamento, há um ano, a BYD Shark enfrenta certa resistência dos clientes do tradicional segmento de picapes médias, que se mantêm muito fiéis aos motores a diesel.
Mas basta uma rápida pesquisa nos marketplaces da internet ou em concessionárias para encontrar a BYD Shark com descontos generosos, na faixa dos R$ 40 mil. Na Tavares Multimarcas, localizada na zona sul de São Paulo (SP), o bônus é ainda maior: uma unidade zero quilômetro da picape está anunciada por R$ 310.890, diferença de R$ 68.910 em relação ao preço divulgado pela BYD.
A Shark combina um motor 1.5 turbo a gasolina de 183 cv de potência e 26,5 kgfm de torque, que funciona em ciclo Miller, a dois propulsores elétricos (um dianteiro de 231 cv e 31,6 kgfm e outro traseiro de 201 cv e 34,7 kgfm) para entregar 437 cv e 65 kgfm.
Esse conjunto permite à picape de 2.710 kg acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 5,7 segundos. A velocidade máxima é limitada eletronicamente em 160 km/h.
Os motores elétricos são os responsáveis pela tração nas quatro rodas e entregam a potência de acordo com o modo de condução selecionado (Areia, Lama e Neve), para evitar derrapagens desnecessárias.
O sistema híbrido plug-in da Shark é alimentado por uma bateria de 29,6 kWh, que fornece autonomia elétrica de 57 quilômetros, de acordo com o Inmetro. Embora o conjunto tenha uma proposta de eficiência energética, o consumo médio declarado da picape não é dos mais animadores: 9,5 km/l na cidade e 7,7 km/l na estrada.
Com base nesses números, a BYD Shark pode rodar até 542 km em ciclo urbano ou 439 km em percurso rodoviário com a bateria totalmente carregada e o tanque de 57 litros cheio de gasolina.
A Shark tem dimensões generosas, ainda que seja menor que uma picape fullsize norte-americana. São 5,45 metros de comprimento, 1,97 m de largura, 1,92 m de altura e 3,26 m de entre-eixos. A sua caçamba tem 1.200 litros de capacidade volumétrica.
Apesar da potência, a picape chinesa carrega até 790 kg de carga útil (apenas 40 kg a mais que uma Fiat Toro 1.3 turbo flex, por exemplo), mas é homologada para rebocar implementos com freios próprios de até 2.500 kg.
Construída com estrutura monobloco, a BYD Shark conta com alguns refinamentos oriundos de automóveis, como suspensões independentes de braços sobrepostos com molas helicoidais, tanto na dianteira quanto na traseira. Os freios são a discos nas quatro rodas de liga leve de 18 polegadas, calçadas em pneus de medidas 265/65 R18.
A lista de equipamentos da Shark é farta, com direito a ar-condicionado de duas zonas com saída para o banco traseiro, painel digital, central multimídia com tela giratória, câmeras com visão panorâmica em 540°, tomadas de energia VTOL (Vehicle to Load) para alimentar equipamentos eletrônicos, bancos revestidos de material imitação de couro, chave presencial, entre outros itens.
O destaque fica para os recursos de segurança. Além dos seis airbags e dos controles de estabilidade e tração, a Shark dispõe de um conjunto de assistência de condução, com controle de cruzeiro adaptativo (ACC), frenagem autônoma emergencial, assistente ativo de faixa, reconhecimento de placas de trânsito, sensor de ponto cego, afro, alto automático e alerta para abertura de portas.
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Fonte: direitonews






