BYD Dolphin Plus: 5 razões para comprar e 5 para pensar bem


Já se vão quase dois anos do lançamento do BYD Dolphin, mas o pequeno hatch ainda chama atenção considerável nas ruas. Desde então, foram emplacadas 25 mil unidades, número expressivo para um veículo elétrico.

Mesmo ofuscado pelo Dolphin Mini, o atual carro elétrico mais vendido do Brasil, a versão maior, mais potente e sofisticada, é uma ótima opção para quem busca entrar no universo dos modelos movidos a bateria.

Autoesporte listou cinco razões para comprar o BYD Dolphin e outras cinco para você pensar bem antes de colocar o hatch que parte de R$ 159.800 na garagem. Confira:

Mesmo a versão de entrada, GS, é bem equipada. Há seis airbags, câmera 360 graus, sensor de ré, faróis full LED, ar-condicionado digital, conexão com smartphones, chave presencial, freio de estacionamento eletrônico, sensor crepuscular e rodas de 16 polegadas.

Para impressionar os amigos, a central multimídia tem tela de 12,8 polegadas giratória e até karaokê.

Já a opção Plus, de R$ 184.800, justifica o investimento extra com teto solar panorâmico, pintura bicolor, rodas maiores e um pacote robusto de assistências ao condutor com controle de cruzeiro adaptativo, assistente de manutenção em faixa com correção no volante, frenagem autônoma de emergência, sensor de ponto cego e reconhecimento de placas e sinais de trânsito.

Para um hatch compacto (são 4,29 m de comprimento), o BYD Dolphin oferece um bom porta-malas. Com 345 litros, supera rivais como Hyundai HB20, Volkswagen Polo (ambos com 300 litros) e ganha por muito de Peugeot 208 (265 litros) e do maior rival, o GWM Ora 03, que acomoda apenas 228 litros no bagageiro.

Outra característica marcante dos carros da BYD é a qualidade do acabamento, mostrando que é possível fazer carros menos caros com uma cabine de convívio agradável.

No caso do Dolphin, o estilo pode até dividir opiniões, mas o esmero da montagem e os materiais utilizados o colocam acima da média do segmento. Há mais superfícies forradas em material que imita couro do que em qualquer outro hatch (ou SUV) compacto vendido no Brasil.

Ok, esse é um aspecto válido principalmente para o Dolphin Plus, versão mais potente de 204 cv e 31,6 kgfm, números, para quem não se recorda, parecidos com os do Volkswagen Golf GTI de alguns anos atrás. Então, não é exagero dizer que a aceleração de 0 a 100 km/h em 7 segundos o deixa perto de alguns esportivos de entrada.

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Com os pés no chão, a versão GS e seus 95 cv de potência não empolgam tanto, mas o torque farto e instantâneo de 18,3 kgfm garantem acelerações honestas, na mesma faixa de rivais com motores aspirados.

Ainda sobre desempenho, mas financeiro, é preciso considerar que, se o comprador puder instalar o carregador caseiro, também vai economizar com abastecimentos.

Um dos mantras do Dolphin é ter comprimento de Onix e entre-eixos de Corolla. Sim, são 2,70 metros à disposição dos ocupantes. Seria melhor se a carroceria fosse um pouco mais larga (1,77 m), mas não falta espaço para as pernas dos ocupantes do banco de trás.

Outra vantagem sobre concorrentes a combustão é que o assoalho traseiro é plano, permitindo que o ocupante do meio viaje em posição mais relaxada.

A suspensão do Dolphin é infinitamente melhor que a do Dolphin Mini. Mas ainda fica um nível abaixo dos outros hatches vendidos no Brasil. O curso dos amortecedores é curto, então, em irregularidades mais fundas, as pancadas secas são inevitáveis. Além disso, o acerto poderia ser menos molenga, algo mais ao gosto dos brasileiros.

Atualmente, a BYD tem uma das maiores linhas de produtos do Brasil. Então, se você tem entre R$ 120 mil e R$ 190 mil e deseja um carro elétrico, o Dolphin é uma das três opções. Se quiser economizar, pode sair com um Dolphin Mini, de R$ 120 mil.

Por outro lado, se prefere carroceria do tipo SUV, o Yuan Pro é uma opção mais recente e espaçosa. Com acerto de suspensão melhor que o Dolphin, está à venda por R$ 182.800, mais barato que a versão Plus. Autoesporte comparou os dois modelos.

Os clientes da BYD (ou quem está pensando em comprar um) precisam ficar atentos às várias condições para manter a cobertura oferecida pela fabricante. O prazo de garantia, inclusive, varia de acordo com o componente em questão.

O Dolphin, como todos os modelos da BYD, tem garantia total de seis anos e sem limite de quilometragem. As baterias possuem cobertura de oito anos.

Já itens como central multimídia, amortecedores, rolamentos e tomada de recarga têm garantia de três anos. Por fim, outros periféricos têm cobertura de seis meses ou 10 mil quilômetros.

Outro ponto de atenção está relacionado com o uso do carro. Veículos de locadoras ou usados para transporte de pessoas possuem condições diferentes e garantia consideravelmente mais curta.

Em mais de uma passagem do Dolphin pela redação de Autoesporte, ouvimos relatos de que a tela de 12,8 polegadas da central multimídia apresentou mal funcionamento, com travamentos e reinicializações forçadas.

A impossibilidade de usar Android Auto e Apple CarPlay com a tela na vertical também é uma questão que poderia ser resolvida.

Por último, o quadro de instrumentos digital tem poucas opções de personalização e não é tão intuitivo como em outros modelos.

Carros elétricos têm manutenção mais simples e isso é inquestionável. Sem trocas de óleo, velas ou qualquer componente de um motor a combustão, os preços de cada revisão deveriam ser mais amigáveis. Mas nem sempre isso acontece.

Pesquisamos os preços das cinco primeiras revisões do Dolphin e de outros concorrentes, eletrificados, ou não. Somadas, as manutenções do BYD custam R$ 3.980, abaixo apenas dos serviços do Honda City, de R$ 4.420. GWM Ora 03 (R$ 3.431 por seis anos) e Peugeot 208 (R$ 2.996) têm custos mais baixos.

Aqui, vale um adendo. Os serviços da BYD acontecem a cada 12 meses ou 20 mil km, o que ocorrer primeiro. Mesmo com um intervalo maior na quilometragem, considerando que os brasileiros rodam, em média, de 10 mil a 15 mil km por ano, os serviços sempre terão que ser feitos uma vez por ano, como nos modelos a combustão.

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Fonte: direitonews

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