BYD Dolphin já vende mais que Duster, Montana, City e HB20S no Brasil


O BYD Dolphin ser o carro elétrico mais vendido do Brasil não é mais novidade. Em 2023 foram expressivos 6.806 emplacamentos, mesmo sendo lançado em junho — feito impressionante para um elétrico. Os números são da Fenabrave, associação que representa as concessionárias. Mas, o que chama atenção é como o modelo já vende mais do que muito carro conhecido do público, como Chevrolet Montana, Renault Duster, Honda City e Hyundai HB20S.

A consultoria Jato do Brasil antecipou os números de vendas de janeiro para Autoesporte. O Dolphin vendeu 1.820 carros no mês, que fizeram o hatch ocupar a 30ª posição da lista dos mais emplacados do país. Por pouco o modelo não ultrapassa o Peugeot 208 (1.825) e o Citroën C3 (1.879). Dos modelos citados acima, o elétrico chinês desbancou todos e com alguma folga sobre alguns: Montana (1.792), Duster (1.782), City (1.721) e HB20S (1.702).

Alguns motivos ajudam a explicar o porquê do Dolphin vender tanto e alcançar números jamais vistos por um elétrico no Brasil. Além dos atributos do carro em si (que estão mais abaixo), a BYD está investindo muito em publicidade na televisão e atingindo milhões de pessoas diariamente. Além disso, foi eleito com Carro do Ano 2024 da Autoesporte.

Segundo a ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), que divulgou um estudo da Tunad, empresa de Inteligência de Mídia, com dados provenientes de TV aberta e serviços de televisão por assinatura (PayTV), mostrou em números a presença da BYD na publicidade, ao lado da sua conterrânea chinesa, a GWM.

As fabricantes se destacaram durante o segundo semestre de 2023. A GWM, que começou a investir bastante em publicidade em fevereiro, ampliou consideravelmente sua visibilidade a partir de julho, alcançando seu ápice com 658 inserções na mídia ao longo do ano. A BYD optou por não realizar anúncios no primeiro semestre e esperou a chegada do Dolphin e o anúncio da compra da fábrica de Camaçari (Bahia), que pertenceu à Ford por décadas. A campanha da fabricante começou de maneira agressiva a partir de agosto, tendo já em setembro o seu auge de aparições: com 2.218 inserções.

A maior concentração de inserções ocorreu na PayTV. As duas empresas destinaram 96% do total de suas inserções a essa modalidade em 2023: a BYD contabilizou 172 inserções na TV aberta e 4.529 na PayTV, enquanto a GWM registrou 81 inserções na TV aberta e 1.981 na PayTV.

A participação das marcas no total de inserções do setor automotivo na TV Aberta e PayTV de São Paulo — maior mercado do Brasil — demonstrou um crescimento significativo a partir de julho. Neste mês, as duas marcas representaram 7,5% do total de inserções da categoria de veículos. Em agosto, houve um aumento, alcançando 12,3% do total. O crescimento foi ainda maior em setembro, quando BYD e GWM atingiram um pico expressivo, representando 38,4% das inserções no setor.

No final do ano, entre outubro e dezembro, foram 14,5% (BYD) e 10,9% (GWM) no total de inserções do setor automotivo na TV Aberta e PayTV de São Paulo. Com esses resultados, a média de participação das inserções no segundo semestre das fabricantes foi de 14,5%, contra 1,5% do primeiro semestre, sendo assim, um avanço de 13 pontos percentuais

Um dos grandes apelos do Dolphin é o que o hatch oferece pelo preço de um elétrico — que é naturalmente mais alto do que de modelos similares à combustão no Brasil. O motor dá conta da sua proposta urbana, autonomia está dentro do esperado e a lista de equipamentos é ótima. São duas versões que, por enquanto, não subiram de preço desde o lançamento — mesmo com a volta do imposto de importação para elétricos.

O Dolphin é vendido apenas com motor dianteiro que entrega 95 cv, 18,3 kgfm e a velocidade máxima é de 150 km/h. Já a marca de zero a 100 km/h é feita em 10,9 segundos. A versão Plus é mais potente: são 204 cv e 31,6 kgfm, que garantem 0 a 100 km/h em 7 segundos e velocidade máxima igual ao da versão mais mansa.

O Dolphin tem baterias de 44,9 kWh que garantem autonomia de 291 km pelo Inmetro e 400 km pelo WLTP, o ciclo europeu. Já a versão Plus traz baterias de 60,5 kWh e 330 km de alcance, número que salta para 427 km no WLTP.

O elétrico tem 4,12 m de comprimento, 1,77 m de largura, 1,57 m de altura, 2,70 m de entre-eixos e 345 litros no porta-malas.

Entre os principais equipamentos de série do Dolphin estão: seis airbags, câmeras com visão 360°, central multimídia com tela de 12,8″ giratória compatível com Apple CarPlay e Android Auto sem fio, controle de cruzeiro, freio eletrônico com auto hold, monitoramento da pressão dos pneus, aviso de cinto de segurança para todos os bancos, controle de estabilidade e tração e assistente de subida em rampas.

A versão Plus acrescenta teto solar panorâmico, bancos dianteiros com ajustes elétricos, controle de cruzeiro adaptativo, frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixa, detector de pontos cegos e leitura de placas de trânsito.

Outro fator que fez o carro ganhar muita visibilidade e confiança do público, é que o Dolphin foi eleito o Carro do Ano 2024 da Autoesporte, a mais importante premiação da indústria automobilística nacional que já teve 57ª edições.

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Fonte: direitonews

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