Buzina quebrada dá multa; abuso no uso do equipamento também é considerado infração


A buzina do seu carro parou de funcionar? Então corra para consertá-la antes de se envolver em um acidente ou ser abordado por um agente de trânsito. Afinal, a conservação da buzina é de responsabilidade do dono do veículo. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) considera o equipamento obrigatório, e é infração grave rodar com ele quebrado ou falhando. Além de multa de R$ 195,23, a situação implica cinco pontos na CNH e retenção do carro para regularização.

Buzinas podem falhar por várias razões. “Em carros mais modernos que têm uma estrutura de buzina melhor, na maioria das vezes o defeito é causado pela queima de um fusível. A própria buzina pode parar de funcionar, mas normalmente é um defeito elétrico”, diz Luciano Furlan de Souza, dono da oficina Auto Hélio – Car Bosch Service, em São Paulo.

Nathan Matias, da Canova Motos, em São Paulo, explica que a buzina das motos também pode parar por diversos motivos. “Pode ser problema na parte elétrica, no positivo ou negativo da buzina, ou só questão de regulagem. Pode ter algum fio quebrado no chicote, ou ser problema no punho (peça no guidão que acolhe o botão da buzina e outros comandos). Se o problema for com a bateria, a buzina começa a ficar fraca”, detalha o mecânico de motocicletas.

“Em carros com airbag, tem uma cinta que vai atrás do volante e faz essa comunicação. Se houver falha dessa cinta, ou se ela quebrar, a buzina e o airbag param de funcionar. Neste caso, acende a luz do airbag no painel e já se sabe onde está o defeito”, diz Furlan.

Ian Oliveira, da loja Só Buzinas, em São Paulo, afirma que, assim como o fusível, o relê da buzina — que permite a passagem de corrente elétrica entre os fios — também pode queimar, silenciando o equipamento. “A buzina, como qualquer outra peça do carro, se desgasta, mas varia muito de modelo para modelo. Há uma membrana dentro dela que pode estragar. Quando a buzina não funciona, pode ser defeito de fusível, relê, parte elétrica ou a própria peça”, conta.

O valor do conserto depende mais da mão de obra do que o valor da peça em si. “Quando só queima o fusível, muitas vezes nem cobramos nada. Para atrair o cliente. Quando dá mais trabalho para a troca de fusível ou relé, fica em média R$ 50, R$ 60. E se for problema da buzina, aí é caso de substituição mesmo. Uma simples (de uma via de saída), custa R$ 80. E uma com um par de vias custa R$ 160, em média”, diz Ian.

Como item de segurança e alerta, a buzina é de uso frequente por condutores de carros e motos. Ainda que seja obrigatória, nem sempre é usada como prevê a lei – com parcimônia. A determinação do CTB é clara: a buzina deve ser acionada apenas em toques breves, em situações de advertência para pedestres ou outros veículos.

Na vida real, porém, vê-se muita gente buzinando por longos segundos. Aos apressados, um aviso: buzinar quando o trânsito está engarrafado é considerado uso indevido e passível de punição. A infração é leve, com multa de R$ 88,38 e mais três pontos na CNH. Também é infração buzinar de modo prolongado entre às 22h e às 6h em locais proibidos pela sinalização ou próximo de hospitais.

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Fonte: direitonews

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