Bruaca terminará com homem e Tenório terá “fim que merece”, diz autor


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Autor do remake de Pantanal, Bruno Luperi participou do Encontro nesta quarta-feira (31/8) e antecipou como será o fim de Maria (Isabel Teixeira), principal destaque da novela das nove da Globo. O dramaturgo ainda contou como pretende concluir a trama de Tenório (Murilo Benício) e explicou a saída de Trindade (Gabriel Sater).

“Existem no Brasil muitas Marias Bruacas que não percebem esse tratamento abusivo. Há um arco que foi muito bem alimentado que passa por diversas camadas. A primeira foi quando cativou o público que deram as mãos para essa mulher para tentar se reerguer, ela também passa por um processo de elucidação ao longo da trama. Ela vai se emancipando por conta própria. Termina extremamente feliz como merece. Não dá para agradar todo mundo, uns querem que ela fique com Alcides, outros com Levi. Ela tem dois ‘ficares’: um que aprende a ficar bem consigo mesmo, que é esse resgate de amor-próprio, e vai ter o homem dela”, afirmou Luperi.

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Após falar sobre Maria, Bruno Luperi disse que Tenório “terá o fim que merece”, sem muitos detalhes, mas sugerindo que o vilão sofrerá como fez com outros personagens da novela. Sobre Trindade, o dramaturgo justificou a saída precipitada como ocorreu na Manchete, quando o papel de Almir Sater saiu da trama porque o ator e cantor iria estrelar a produção seguinte da emissora.

“É um personagem cativante, deu para trabalhar muito personagem, várias camadas, e vamos falar do trabalho do Gabriel que é um cantor, ator e instrumentista excepcional. É muito duro, mas para a novela acontecer, ela foi escrita durante a pandemia porque o Pantanal tem o regime das águas da seca e da cheias, dependendo das condições climáticas não poderíamos gravar, precisávamos de toda a novela escrita antes de ir ao ar, é uma obra fechada. O Trindade tem o caminho que a trama permite, não posso adiantar muito. Com certeza é um personagem que vai deixar saudade. É um pouco do luto precipitado”, declarou.

Neto de Benedito Ruy Barbosa, Bruno revelou um conselho do avô para atualizar a obra criada por ele.

“Como ele, que escrevia sozinho, sigo a mesma coisa. Ele falou basicamente: ‘Vai com Deus’, foi o maior conselho que ele podia dar, porque a gente tem que acreditar naquilo que escreve, se não quando o ator quando lê não tem verdade e o público não se emociona. Tem que ter um diapasão, e foi o grande ensinamento que ele me deu em como se escrever, fazer com a sua verdade. Quando peguei a obra para adaptar, tive que mexer muito para trazer para o nosso tempo, mas era tudo feito com muita verdade”, disse.

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