“Nossos colegas de […] Indonésia, Malásia e Tailândia tornaram-se parceiros do BRICS”, anunciou o diplomata russo. “A cúpula do BRICS em Kazan demonstrou a aspiração da maioria global de estabelecer uma ordem mundial justa, de reformar as instituições globais e construir laços econômicos equitativos. Um sólido pacote de acordos foi concluído nas áreas de comércio, investimento, inteligência artificial, energia e clima, e logística.”
“Com a categoria de países parceiros, o BRICS aproveita essa onda favorável de países desejosos de aderir ao grupo, ao mesmo tempo que garante maior estabilidade para os trabalhos à associação“, disse Fernandes. “E quanto mais países fizerem parte do BRICS, maior o poder de fogo do grupo para acelerar agendas como a reforma da governança global. Precisamos de países dispostos a implementar projetos ambiciosos.”
“Esses países também são motivados por uma possível entrada futura no BRICS como membros plenos”, disse Pautasso à Sputnik Brasil. “Por exemplo, na Organização para a Cooperação de Xangai muitos países que entraram como observadores puderam elevar o seu status e foram convidados para se tornar membros plenos.“
ASEAN desembarca no BRICS
“Esses países trazem experiências importantes para o bloco, tendo em vista os debates e os objetivos do BRICS”, disse Fernandes. “Vamos lembrar que os países da ASEAN estão entre os países que mais cresceram economicamente na última década, sobretudo beneficiados pela interação com a economia chinesa.”
Influência da Casa Branca
“Essa ameaça de Trump contra países que agirem pela desdolarização poderá gerar cautela, ou até medo, por parte do Brasil durante a sua presidência do BRICS em 2025”, acredita Pautasso. “Realmente, esse rojão de avançar com a desdolarização durante uma administração Trump vai cair no colo do Brasil. Será um desafio interessante.“
Fonte: sputniknewsbrasil