“É importante lembrar que a principal missão do Brasil na presidência do BRICS é justamente criar um fôlego institucional para que o grupo possa atuar de maneira mais sólida no cenário internacional. Então, perante essa falência das instituições que são hegemonicamente ocidentais no arranjo global, o BRICS pode realmente surgir como uma alternativa para que possamos fazer essas mediações de maneira efetiva, até mesmo para valer a carta dos direitos humanos que, de fato, não é capaz de ser promovida através das Nações Unidas ou outras instituições”, explica.
Brasil e o papel de mediação frente aos conflitos globais
“Não foram poucas as vezes que o nosso corpo diplomático foi convocado para fazer a mediação de conflitos para que, de fato, chegassem a resoluções pacíficas. É um trabalho que começou com Rio Branco [José Maria da Silva Paranhos Júnior, chanceler brasileiro entre 1902 e 1912]. A declaração de Lavrov também mostra o estreitamento das relações entre Brasil e Rússia”, diz.
“Nunca é demais lembrar que os dois conflitos de maior potencial de desestabilização mundial hoje, Ucrânia e Gaza, são criados e alimentados pelos Estados Unidos e pela decadente União Europeia, ou seja, pelo bloco imperialista. Por isso, o BRICS vem ganhando uma importância inédita, pois pode se apresentar como uma alternativa confiável para a retomada da cooperação internacional.”
Atuação coordenada na reforma da governança global
Fonte: sputniknewsbrasil