Brasil volta a figurar entre os 50 países mais inovadores do planeta


Depois de ficar, por 12 anos, fora do ranking das 50 economias melhor classificadas no indicador, o Brasil galgou cinco posições, chegando à 49ª posição no Índice Global de Inovação (IGI), o que coloca o país no topo em relação aos seus pares latino-americanos, superando o Chile (52ª posição).

Com o avanço, a pátria tupiniquim alçou a terceira colocação entre os Brics – superando Rússia (51º lugar) e África do Sul (59º lugar) – grupo de países emergentes, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – só ficando atrás da China (segunda economia mundial), 12ª no ranking, e da Índia, na 40ª posição.

Ao apresentar tais dados positivos, durante o 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria, que se realiza na São Paulo Expo, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que o Brasil obteve pontuações mais elevadas em indicadores como serviços governamentais online (14ª posição) e participação eletrônica (11ª).

A ascensão verde-amarela também foi ‘turbinada’ pelo valor de seus 16 unicórnios (nome dado a startups que obtêm grande valor de mercado em dólares), que surgem na 22ª colocação; ativos intangíveis (31ª), marcas registradas (13ª) e valor global de suas marcas (39ª).

Puxam a fila da inovação global: Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Singapura, Finlândia, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Coreia do Sul.

Em que pese o avanço alcançado pelo país, pelo terceiro ano seguido, a conquista ainda está muito aquém de seu potencial, levando em conta se tratar da décima economia mundial, aponta a CNI.

O presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, vai mais longe, ao afirmar que o país tem condições de crescer no ranking, todos os anos, desde que haja investimentos e políticas direcionadas à ciência, tecnologia e inovação (CT&I). “Temos um potencial muito inexplorado para melhorar o nosso ecossistema de inovação, atingir o objetivo de integrar os setores científico e empresarial e, consequentemente, promover maior inovação”, avalia.

Divulgados anualmente, desde 2007, os resultados são elaborados pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI – WIPO, na sigla em inglês), em parceria com o Instituto Portulans e o apoio de parceiros internacionais – no caso do Brasil, a CNI e a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), parceiras na produção e divulgação do IGI desde 2017.

Fonte: capitalist

Anteriores Projeto propõe reajuste anual na alimentação escolar
Próxima Ata do Copom cita preocupação com contas públicas e diz que acelerar corte da Selic é ‘pouco provável’