Brasil e continente africano: laço cultural muito forte
Qual a relação entre o Brasil e a África?
“Naquele momento, existiam fatores que coincidiam, como […] o renascimento africano [inserção do continente na política internacional] com o brasileiro, que já não é mais falado. E também, nessas duas décadas, a África não ficou parada esperando pelo Brasil. Tivemos a ampliação do campo de influência de outros países, principalmente a China, e Celso Amorim sabe muito bem o que isso significa”, enfatizou.
“Esse momento atual é a chance de o Brasil talvez retomar as relações partindo daquilo que foi acordado, que é formar um bloco mesmo. O Brasil pode voltar a pensar naquele desejo de fazer do Atlântico um rio e criar uma ação de maior profundidade com os países africanos.”
África: ‘Nova fronteira para o capitalismo’
“O continente africano continua sendo um forte exportador de commodities para esse desenvolvimento dos demais países. Penso que o Brasil, nesse sentido, também tem um interesse no desenvolvimento econômico, social e político da África. Obviamente que são relações bilaterais baseadas no interesse. Aquilo que o Brasil pode fornecer para o desenvolvimento desses países precisa ter um retorno do que foi investido”, ressaltou.
‘Não temos capacidade de competir com a China’
“O papel que devemos buscar é de ser um parceiro da China [também na África]. Há dez anos, por exemplo, o Brasil perdeu alguns contratos para fazer a exploração de petróleo, que foram vencidos pelos chineses, que contrataram empresas brasileiras para fazer [o trabalho]. Isso mostra que temos tecnologia para fazer, só não temos como financiar”, concluiu.
Fonte: sputniknewsbrasil