Brasil sofre ataques cibernéticos todos os dias, diz secretário-executivo do GSI


Ele exemplificou que o método “mais eficiente, barato e menos arriscado de atacar uma infraestrutura” é investir contra redes cibernéticas. “Outro método seria o ataque direto a infraestruturas, o que é mais arriscado.”
O secretário-executivo destacou a interdependência de diferentes setores como uma das dificuldades para garantir a segurança em solo nacional. Ele citou o apagão de 2020 no Amapá como exemplo, onde diversos serviços ficaram comprometidos devido a falhas na infraestrutura energética. “Praticamente por conta de uma infraestrutura crítica, praticamente todas pararam de funcionar.”
© Sputnik / Sputnik Brasil / Guilherme CorreiaIvan de Sousa Corrêa Filho durante a feira LAAD Security & Defence 2024, em São Paulo (SP), em 4 de abril

O secretário-executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Luiz Inácio Lula da Silva, general Ivan de Sousa Corrêa Filho, durante a feira LAAD Security & Defence 2024, em São Paulo (SP), em 4 de abril - Sputnik Brasil, 1920, 04.04.2024

Ivan de Sousa Corrêa Filho durante a feira LAAD Security & Defence 2024, em São Paulo (SP), em 4 de abril
À Sputnik Brasil, ele destacou que o país “é uma das nações que têm o governo, os serviços públicos, mais digitalizados do mundo”. “O problema é que você tem que cuidar para que isso continue funcionando. A gente aumenta a nossa superfície de ataque, para ser atacada, mas é inexorável, não tem como evitar.”

“É positivo, e nós temos que continuar trabalhando nesse sentido. Nós estamos indo bem nessa área de segurança. A gente está conseguindo manter um sistema robusto. Sofremos ataques todos os dias, não tem dúvida nisso, mas estamos conseguindo ser resilientes e manter o sistema funcionando, apesar dos ataques. É uma tarefa interessante até por isso, porque é um desafio novo todo dia.”

O militar destacou também que é importante que haja uma infraestrutura de proteção feita pelo governo federal, incluindo inteligência artificial e sistemas automatizados, mas que “a maior parte tem que ser feita pelas empresas”. “É mais barato do que ter todos os seus HDs criptografados e pedir resgate em um ataque de ransomware. O prejuízo é maior do que você vai ter que investir para resolver o problema.”

“Outro caminho é buscar melhorar o acompanhamento dinâmico de riscos. Você vincular uma estiagem a um problema na hidrelétrica é relativamente fácil. Tem outros riscos inter-relacionados que não são simples. Pensar que se uma estrada estadual, que chega em Angra dos Reis [RJ], cair uma barreira, [isso] pode afetar uma usina, não é algo tão instintivo de racionalizar.”

Corrêa Filho esteve nesta quinta-feira (4) em São Paulo, onde participou da LAAD Security & Defence 2024, maior feira do setor em toda a América Latina. Ele debateu a importância da segurança da informação.
Ele também explicou que o GSI trabalha de forma colaborativa, com outros órgãos e ministérios, para proteger a segurança cibernética brasileira.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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