Brasil: sem possibilidade de reajuste salarial, governo propõe aumento de auxílios para evitar greve


Para evitar a paralisação das atividades públicas neste ano, o governo propôs nesta quarta-feira (10) aos servidores o aumento de auxílio alimentação e benefícios como assistência à saúde e creche. Porém, as discussões com a Mesa Nacional de Negociação Permanente terminaram sem acordo e a expectativa é de uma resposta dos sindicatos ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos até o início da próxima semana.
Com relação ao auxílio alimentação, a proposta é de reajuste de 51,9% (de R$ 658 para R$ 1 mil), além de aumentar o auxílio creche de R$ 321 para R$ 484,90 e da assistência à saúde complementar de R$ 144,38 para R$ 215 a partir de maio. Além disso, representantes da pasta avaliam criar 60 mesas setoriais para discutir individualmente com diferentes categorias federais para reestruturar as carreiras.
O governo chegou a ameaçar suspender as negociações e revogar os reajustes nos benefícios caso ocorressem greves ou paralisações dos serviços públicos, mas após pressão das entidades a cláusula foi retirada, conforme o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).
“O secretário de Relações do Trabalho (SRT), José Lopez Feijóo, ligou para o presidente do Fonacate, Rudinei Marques, no começo da noite desta quarta-feira e disse que governo atendeu a reivindicação das entidades para tirar o parágrafo 2º da cláusula II do Termo de Compromisso da Campanha Salarial de 2024. A cláusula dizia que ‘durante o processo de negociação, interrupções (total ou parcial) de serviços públicos implicarão na suspensão das negociações em curso com a categoria específica”, informou.

Reajuste de 9% no ano passado

No ano passado, o governo concedeu um reajuste geral de 9%. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a declarar para 2024 não é possível realizar nenhuma mudança salarial já que o orçamento está fechado. Para 2025 e 2026, o governo havia sinalizado um aumento de 4,5% em cada ano.
Nas universidades e instituições federais, pelo menos duas das 67 localidades representadas pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) já estão em greve e outras 16 devem aderir a partir da próxima semana.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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