“Porque se o Brasil sofrer qualquer tipo de agressão, o Brasil pode ter autonomia suficiente para produzir as suas armas, os seus equipamentos e, consequentemente, pode ter uma condição de enfrentar qualquer outro país do mundo, caso a gente tenha algum tipo de agressão”, diz Zarattini.
“Nós precisamos desenvolver um grande projeto de lançar mais navios da Marinha no oceano Atlântico para garantir nossa soberania, ter equipamentos de radar na Amazônia Azul e em toda a fronteira terrestre também.”
Qual o investimento do Brasil em defesa?
“Nós temos um gasto militar que 75% são com pessoal, seja pessoas que estão na ativa ou uma parcela muito grande de pessoas que estão na inatividade. Esse custo de pessoal é muito alto. Nós precisamos achar soluções para isso, para que a gente possa ter uma parcela maior do Orçamento dedicada ao desenvolvimento e à compra de materiais de defesa. Como resolver isso? Nós precisamos encontrar soluções, principalmente para garantir a Previdência dos militares de uma forma, talvez, mais inovadora”, explica o deputado.
“Nós já gastávamos um valor baixo, [se] comparado internacionalmente, e nos últimos anos nós temos um aumento dessa diferença. Enquanto o mundo está tendo um orçamento maior em defesa, o Brasil vem reduzindo esse orçamento.”
“Independentemente de os conflitos existirem, o Brasil é um país que (pela sua própria natureza, sua própria dimensão) precisa se preocupar.”
Qual a importância de alcançar a soberania tecnológica em defesa?
“O esforço de décadas para desenvolver, por exemplo, um míssil, que não é adquirido por falta de recursos. E aí toda aquela competência que foi feita, aquele projeto de 20, 30, 40 anos, muitas vezes uma competência que foi sendo adquirida ao longo do tempo, ela é perdida. Então é fundamental, é muito importante essa proposta de frente em apoio à Base Industrial de Defesa para que se leve essa discussão ao Congresso Nacional”, complementa.
Frente vai trazer para a sociedade o debate sobre defesa nacional
“Ainda mais o Brasil, que é um país que sofre com vários problemas na área de segurança. Quando a gente pensa na segurança externa, quando a gente pensa em narcotráfico, em tráfico de armas, entre outras questões, inclusive na própria segurança da Amazônia, a gente está lembrando da área de defesa”, conclui.
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Fonte: sputniknewsbrasil