“Brasil mostrou ao mundo que internet não é terra sem lei”, diz Moraes em Lisboa


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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta sexta-feira (4) que a Corte brasileira demonstrou ao mundo que a internet, no Brasil, não é um espaço sem regulação. A declaração foi feita durante participação no painel sobre big techs e governos no Fórum de Lisboa, evento idealizado pelo também ministro do STF Gilmar Mendes e conhecido como “Gilmarpalooza”.

“O STF mostrou que, no Brasil, internet não é terra sem lei”, afirmou Moraes ao comentar a decisão da Corte sobre o artigo 19 do Marco Civil da Internet, que trata da responsabilidade das plataformas digitais pelo conteúdo publicado por terceiros.

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Durante sua apresentação, Moraes fez críticas ao papel das plataformas digitais nos atos de 8 de Janeiro. Assim como fez ao votar pela aceitação da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros seis investigados, o ministro exibiu vídeos das invasões às sedes dos Três Poderes. “Podem ver que são só senhoras com Bíblias na mão”, ironizou.

Ele questionou a atuação das empresas de tecnologia durante os episódios: “Onde estava a autorregulação das big techs? A inteligência artificial não percebeu que isso era uma convocação para aumentar a tentativa de golpe de Estado? Os algoritmos continuaram direcionando para as bolhas que defendiam intervenção militar”, disse.

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Moraes defendeu a remoção imediata de determinados conteúdos considerados ilegais. “Em determinados pontos onde o ilícito é preexistente, as big techs devem retirar imediatamente [o conteúdo]. Pornografia infantil, pedofilia, atentado contra a democracia, crime de nazismo, são poucos tópicos. A tese, corretamente, do Supremo Tribunal Federal, foi minimalista, mas são tópicos que a insuportabilidade dessa continuação nas redes sociais não poderia permitir que ficassem de fora”, afirmou.

O ministro também criticou o que classificou como uma falsa ideia de liberdade de expressão nas redes sociais. “Nós queremos uma rede social que finja que tudo é liberdade de expressão?”, questionou. “Uma rede social que direcione, impulsione e divulgue mensagens contra direitos arduamente conquistados por minorias? Isso é liberdade de expressão?”, disse, enquanto exibia uma postagem com uma bandeira LGBTQIA+ sendo queimada.

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Moraes ainda fez referência indireta aos Estados Unidos, um dia após o ex-secretário de Estado Mike Pompeo comentar sobre os desafios das leis frente à velocidade das redes sociais e da inteligência artificial. “Lá atrás, um determinado país permitiu que os paraísos fiscais fossem criados para fins econômicos. E só acabou com isso quando sofreu um grande atentado terrorista nas Torres Gêmeas”, declarou. “Nós vamos permitir que se crie um paraíso de agressões, de crimes, induzimentos a crimes, incitação, tão somente porque a nacionalidade dessas empresas é de outro país?”, questionou.

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Fonte: gazetabrasil

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