Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião extraordinária dos líderes do BRICS, em formato online, para a próxima segunda-feira (8). O objetivo é discutir a política comercial do líder norte-americano Donald Trump.
“Os brasileiros estão atualmente na presidência do BRICS. E os brasileiros enfrentam, digamos, guerras tarifárias por parte dos Estados Unidos. Medidas muito duras de pressão econômica contra o Brasil”, comentou Peskov.
“É claro que eles [o Brasil] utilizarão todos os possíveis mecanismos de cooperação internacional, incluindo um tão importante para todos os países participantes como o BRICS, a fim de discutir essa situação, desenvolver uma abordagem unificada e trocar opiniões”, acrescentou.
O presidente russo Vladimir Putin estará presente na sessão virtual, informou o porta-voz na última sexta (5).
Multipolaridade em jogo
A iniciativa de Lula em convocar uma reunião extraordinária confirma mais uma vez a tendência de multipolaridade, opinou à Sputnik Arturo Ayala, que é secretário de relações internacionais do Partido Comunista do Peru.
Ayala apontou que tal passo de Lula mais uma vez põe em xeque a ordem unipolar da hegemonia econômica norte-americana. “O que realmente estamos vendo é uma confirmação da tendência à multipolaridade“, ressaltou o político.
Segundo o interlocutor da Sputnik, tais reuniões assustam a liderança dos EUA, o que provoca os ataques de Washington aos países do BRICS.
Atualmente, a agremiação conta com 11 países-membros de plenos direitos (África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia). Além disso, o grupo inclui 10 países parceiros (Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã).
Fonte: sputniknewsbrasil