Brasil decide ingressar na OPEP+, grupo que reúne os maiores produtores de petróleo do mundo


O Ministério de Minas e Energia anunciou nesta terça-feira (18) que o Brasil decidiu aceitar o convite para integrar a OPEP+, o principal grupo de cooperação do setor de petróleo no mundo. O convite formal aconteceu ainda em 2023, mas somente neste ano foi aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Conforme o ministro Alexandre Silveira, a medida não gera nenhuma “obrigação vinculante ao Brasil”, e o país vai participar do fórum de discussão sobre políticas mundiais do setor. Além disso, o governo federal também decidiu integrar a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) e a Agência Internacional para as Energias Renováveis (IRENA, na sigla em inglês).

“O Brasil foi convidado para que nós fizéssemos parte da carta de cooperação. O que fizemos hoje foi exatamente discutir a entrada do Brasil em três organismos internacionais. Autorizamos iniciar o processo de adesão à EIA, isso está aprovado. A continuação do que foi suspenso no governo anterior, que é a adesão à Irena. Ficou decidido: início da adesão à IEA, IRENA e OPEP+”, explicou Silveira.

Ao justificar a adesão, o ministro também pontuou que o país não deve “ter vergonha de ser produtor de petróleo”, além de ressaltar a necessidade de crescimento econômico e geração de emprego e renda no país.
Sétimo maior produtor de petróleo no mundo, o Brasil é responsável por cerca de 4% do volume global extraído, com uma média de 4,3 milhões de barris produzidos por dia, principalmente na área do pré-sal. O combustível ainda representa 13,3% das exportações brasileiras e supera até mesmo a soja.
Na última semana, a mídia brasileira chegou a informar que a entrada do Brasil na OPEP+ poderia ser adiada. Isso por conta de o país sediar neste ano em Belém a COP30, principal evento que discute as mudanças climáticas no mundo.

Exploração da Margem Equatorial pela Petrobras

Em meio aos estudos da Petrobras apontando que a produção de petróleo do pré-sal deve começar a cair já a partir de 2030, com o esgotamento total das reservas por volta de 2050, o governo voltou a ressaltar a importância de realizar pesquisas na região conhecida como Margem Equatorial, que fica a cerca de 500 quilômetros da foz do rio Amazonas.
Durante visita à região Norte na última semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu a liberação das atividades na área pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“Tem gente que fala que não pode pesquisar a Margem Equatorial para saber se tem petróleo. Primeiro, ninguém neste país tem mais responsabilidade climática do que eu. Quero preservar, mas não posso deixar uma riqueza — que a gente não sabe se tem e quanto é — a 2 mil metros de profundidade, enquanto o Suriname e a Guiana estão ricos às custas do petróleo”, declarou na data.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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