O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, informaram no evento que, a partir de abril, serão investidos de cerca de R$ 740 milhões para o setor. A partir de 2025, esse valor será de R$ 1,6 bilhão.
O fortalecimento da agricultura familiar vai priorizar as regiões Norte, Nordeste, Semiárido brasileiro, além do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
A iniciativa visa aumentar o número de famílias cadastradas em pelo menos 120% neste ano, em comparação com 2023.
Teixeira comentou no encontro que o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB), atende 54 mil famílias por ano. A expectativa é ampliar para 70 mil famílias, principalmente no Norte, Nordeste e semiárido.
“O tema do biodiesel não pode disputar com a alimentação. E sim potencializar, gerar energia limpa e proporcionar soberania alimentar ao nosso povo”, disse Teixeira. “O Nordeste tem uma produção importante, o Norte também e esse selo vai requerer a descentralização dessa produção, a associando com processos de industrialização. A ideia é incentivar empresas já existentes a desenvolver empresas produtoras de biodiesel. O Brasil pretende continuar na liderança do tema da matriz energética limpa”, concluiu.
Biodiesel terá 14% em derivado fóssil
Também foram anunciadas medidas de antecipação da mistura de biodiesel ao derivado fóssil para 14% (B14), a partir de março, e 15% entre 2025 e 2026, chegando a 25%, nos anos subsequentes.
Com o aumento, o governo projeta crescimento de 3,05 milhões de toneladas no processamento de soja para a produção de biodiesel. Também estão previstos incentivos fiscais a quem produzir biocombustível.
A reestruturação do selo será publicada em decreto presidencial, após a versão final do texto a ser apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Selo de biocombustível
O Selo Biocombustível Social confere ao seu possuidor caráter de promotor de inclusão produtiva dos agricultores familiares enquadrados no Pronaf. Oferece oferece alíquotas reduzidas nas contribuições para o Programa de Integração Social e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e a Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), incidentes na produção e na comercialização de biodiesel.
Como contrapartida, o produtor assume algumas obrigações, como adquirir percentual mínimo de matéria-prima dos agricultores familiares no ano de produção de biodiesel e assegurar preços mínimos, capacitação e assistência técnica aos agricultores familiares.
Em 2020, O governo federal mudou a denominação do Selo Combustível Social, criado em 2004, para Selo Biocombustível Social e manteve as reduções nas alíquotas de contribuição para produtores de biodiesel no âmbito do programa.
Fonte: sputniknewsbrasil