No acumulado de 12 meses, de abril de 2024 a março de 2025, foram abertas 1.613.752 vagas. No mês passado foram registradas 71.576 novas vagas, queda acentuada se comparada ao recorde de 431 mil vagas em fevereiro — melhor número da série histórica. Desse total, 48.922 vagas foram preenchidas por mulheres e 22.654 por homens.
O Novo Caged é o sistema do governo que acompanha as admissões e demissões de trabalhadores com carteira assinada e serve de base para políticas públicas voltadas ao mercado de trabalho.
O crescimento foi visto em quatro dos cinco principais setores da economia. O setor de serviços foi o que mais contratou em março, com 52.459 novas admissões. A construção veio logo depois, ao abrir 21.946 postos de trabalho, seguida pela indústria, com 13.131 postos novos.
Já os setores de agropecuária e comércio tiveram saldos negativos de 5.644 e 10.310, respectivamente.
Das 27 unidades federativas, 17 registraram saldos positivos, com destaque para São Paulo, com 34.864 novas vagas; Minas Gerais, com 18.169; e Santa Catarina, com 9.841.
Os estados com os menores saldos no mês passado foram Alagoas (-8.492), Rio de Janeiro (-6.758) e Mato Grosso (-3.544).
A média salarial em março ficou em R$ 2.225,17, aumento de R$ 4,06 (0,18%) em comparação com o valor registrado em fevereiro (R$ 2.221,11). Em comparação com o mesmo período de 2024, o ganho real foi de R$ 29,25 (1,33%).
Acumulado do ano
O setor de serviços também foi o que mais gerou empregos de janeiro a março, com 362.866 postos criados. A indústria também teve bom desempenho, criando 153.868 vagas, especialmente em áreas como Abate e Fabricação de Produtos de Carne (+14.517), Abate de Aves (+6.505), Processamento de Fumo (+10.835) e Confecção de Artigos de Vestuário (+9.539).
Regionalmente, São Paulo também se destacou, com 209.656 novos postos de trabalho (+1,46%). Logo atrás vêm Minas Gerais, com 75.896 novas vagas (+1,55%), e Rio Grande do Sul, com 66.490 postos criados (+2,35%).
MTE: cresce número de jovens de 14 a 24 anos ocupados no Brasil
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) o aumento do número de jovens de 14 a 24 anos ocupados no Brasil no último trimestre contribuiu para a redução das taxas de desemprego e informalidade nessa faixa etária.
Ao todo, foram 14,5 milhões de jovens ocupados, superando os 14,2 milhões observados no mesmo período de 2019, antes da pandemia. A taxa de desemprego entre os jovens caiu de 25,2% para 14,3%, enquanto a informalidade passou de 48% para 44%.
O levantamento também revelou que o número de jovens que não estudam nem trabalham — os chamados “nem-nem” — caiu para o menor nível dos últimos 12 anos no segundo semestre de 2024. Entre os jovens ocupados no final do ano passado, 53% possuíam vínculo formal de trabalho, com carteira assinada.
De acordo com dados do Novo Caged, metade dos 7,7 milhões de jovens com carteira assinada está concentrada em apenas 15 ocupações, caracterizadas por tarefas repetitivas e com alto potencial de automação. Além disso, 67,1% desses trabalhadores recebem salários abaixo da média nacional, que foi de R$ 1.854,01.
A pesquisa também revelou que a busca por melhores oportunidades e salários mais altos foi o principal motivo para que um terço dos jovens pedisse demissão em 2024.
Fonte: sputniknewsbrasil