Os ministros do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, participaram de um painel sobre agricultura e clima na manhã desta quarta-feira (9/11), segundo dia da programação oficial do pavilhão brasileiro na 27ª Conferência Climática das Nações Unidas (COP27).
Presente no estúdio montado na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, Marcos Montes ressaltou o avanço da agricultura brasileira, que em 40 anos elevou o país de importador para o maior exportador de alimentos e ainda contando com uma das legislações mais rigorosas que o mundo tem sobre preservação ambiental. “O Brasil é um país de vanguarda no mundo, que produz milhões de toneladas, alimenta um bilhão de pessoas e preserva 66% de seu território”, disse Montes.
Uma das medidas adotadas pelo Brasil para o setor agrícola é o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC). A política adota tecnologias para diminuir o impacto ambiental na agropecuária, entre elas criar floresta plantada, recuperação de pastagens, plantio direto, Fixação Biológica de Nitrogênio no solo, manejo de dejetos de animais e integração lavoura-pecuária-floresta.
No período de 2010 a 2020, a meta era aplicar a tecnologia em 35,5 milhões de hectares e diminuir a emissão de CO2 na atmosfera entre 132 a 162 milhões de toneladas. No entanto, as previsões foram superadas. As tecnologias do Plano ABC chegaram a 52 milhões de hectares, possibilitando a redução de cerca de 170 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente.
Agora, o Plano ABC foi renovado para os próximos dez anos. Em nova fase, denominada ABC+ 2020-2030, os esforços estão voltados para a consolidação de uma agropecuária nacional alicerçada sobre sistemas sustentáveis, resilientes e produtivos.
“A nossa agricultura tradicional é a maior agricultura regenerativa do mundo por uma característica da nossa agricultura tropical, que protege o solo, que melhora o solo, que fixa carbono no solo e ao mesmo tempo cuida de florestas nas áreas de reserva legal, de preservação permanente, cuida de suas nascentes, cuida do seu solo em relação à erosão”, destacou o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite.
Joaquim Leite ressaltou, ainda, que o Programa Nacional de Redução de Metano de Resíduos Orgânicos (Metano Zero) também beneficia a agricultura, já que pode transformar os produtores rurais em fornecedores de combustível e energias limpas e renováveis, com a produção de biogás e biometano por meio da produção de cana-de-açúcar, suinocultura e criação de aves, entre outros. Além disso, podem produzir biofertilizantes com alto valor para a agricultura.
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ASCOM MMA