Segundo Mucio, a limitação orçamentária compromete a manutenção de equipamentos e a atualização tecnológica das Forças Armadas, mesmo com avanços recentes na indústria nacional e operações humanitárias.
“Temos uma grande extensão territorial e responsabilidades estratégicas, mas nosso orçamento não acompanha essas demandas. Compramos equipamentos modernos, porém faltam recursos para manutenção e reposição de peças”, destacou.
O ministro ainda pontuou que o Brasil é o país que destina o menor percentual do PIB para a área de defesa na América do Sul.
“Eu vim atrás de ajuda. Somos o maior país da América Latina, temos 52% do PIB da região, mas não sei se nossas Forças Armadas estão entre as três primeiras em [volume de] investimentos.”
Gastos mundiais em defesa em alta
Mucio também lembrou que os gastos mundiais com defesa ultrapassaram US$ 2,7 trilhões (R$ 14,3 trilhões) em 2024 e ressaltou que, mesmo sendo a décima maior economia mundial, o Brasil contribui com uma parcela muito pequena nesse contexto, inferior a 1% do total global.
“Não se trata apenas de números, mas de planejar os pagamentos de equipamentos essenciais. A defesa deve ser uma prioridade do país, independentemente do governo de plantão.”
Apesar disso, a indústria de defesa nacional conta com cerca de 270 empresas estratégicas, responsáveis por gerar 3 milhões de empregos e alcançar recordes de exportação, superando R$ 2,5 bilhões em 2025.
O ministro destacou projetos como a produção de fragatas, submarinos, aviões de transporte KC-390 e caças Gripen, e reforçou que essa base industrial é vital para a autonomia e soberania do país.
Orçamento com maior previsibilidade
Durante o debate no Senado, os parlamentares falaram sobre a necessidade de um orçamento estável para a pasta, o que poderia ser viabilizado pela PEC 55/2023, que propõe um piso de 2% do PIB para a defesa.
Para Mucio, embora esse percentual seja difícil de implementar imediatamente, uma meta gradual de 1,5% da receita corrente líquida poderia garantir planejamento e continuidade de projetos estratégicos.
Fonte: sputniknewsbrasil
 
				





