“Nosso bem-estar foi baseado na energia barata da Rússia. É óbvio que hoje devemos buscar fontes de energia dentro da Europa, na medida do possível, e não trocar uma dependência por outra. A melhor energia é aquela que vem de dentro”, declarou.
O diplomata acredita que Rússia e China “não serão mais o que eram” para a economia europeia, que, segundo ele, precisa de “séria reestruturação”.
Borrel lembrou que a UE dependeu durante muito tempo do mercado chinês, com exportações e importações de bens e tecnologias.
“O acesso ao mercado chinês está cada vez mais difícil. Mudanças importantes estão por vir. Isso pode criar problemas políticos”, disse Borrell.
Após o início da operação militar especial na Ucrânia, o Ocidente intensificou a aplicação de sanções contra a Rússia, pressionando os preços dos combustíveis, da eletricidade e de alimentos na Europa, nos Estados Unidos e em diversas partes do mundo.
De acordo com o presidente russo, Vladimir Putin, a política de contenção da Rússia faz parte da estratégia ocidental de longo prazo, apesar de as restrições prejudicarem seriamente a economia mundial.