Bombardeios em Gaza se intensificam enquanto Israel discute cessar-fogo com EUA, diz mídia


Palestinos no norte da Faixa de Gaza relataram uma das noites mais intensas de bombardeios israelenses em semanas, após novas ordens de evacuação emitidas pelos militares de Israel, de acordo com a Reuters. A ofensiva ocorreu enquanto autoridades israelenses se preparavam para negociações em Washington sobre um possível cessar-fogo, impulsionado por um apelo recente do presidente dos EUA, Donald Trump.
Apesar das conversas diplomáticas previstas, os combates continuaram intensamente no território palestino. Moradores relataram explosões constantes, com ataques atingindo escolas e residências. Salah, um morador da cidade de Gaza, descreveu a situação à apuração como semelhante a terremotos, contrastando com as notícias de um cessar-fogo iminente.
As forças israelenses avançaram com tanques em áreas do subúrbio de Zeitoun e bombardearam diversas regiões do norte de Gaza. Quatro escolas foram atingidas após ordens de evacuação, e ao menos 25 pessoas morreram nos ataques, incluindo dez em Zeitoun, segundo autoridades de saúde locais.
O Exército israelense não comentou imediatamente os ataques, mas tem alegado que militantes palestinos se escondem entre civis — algo que os grupos militantes negam. As novas ordens de evacuação abrangem áreas já devastadas por operações anteriores sob o argumento de combate ao Hamas, especialmente na cidade de Gaza.
Ekram Naser (à direita) chora durante o funeral de seu irmão Yusuf Najjar, que foi morto enquanto se dirigia a um centro de distribuição de ajuda em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Palestina, 11 de junho de 2025 - Sputnik Brasil, 1920, 28.06.2025

Em paralelo, o ministro de Assuntos Estratégicos israelense Ron Dermer, aliado próximo de Netanyahu, é esperado na Casa Branca para discutir o conflito em Gaza, o Irã e possíveis acordos regionais, enquanto o gabinete de segurança de Israel se reúne para definir os próximos passos da operação militar.
Mediadores do Catar e do Egito intensificaram os esforços para um novo cessar-fogo, mas ainda não há data para novas negociações. O Hamas afirma que só aceitará um acordo se Israel encerrar a guerra e se retirar de Gaza, enquanto Israel insiste que o conflito só terminará com o desmantelamento do grupo.
Desde o ataque surpresa do Hamas em 7 de outubro de 2023, que matou 1.200 pessoas em Israel e resultou no sequestro de 251 reféns, a ofensiva israelense já matou mais de 56.000 palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. A maioria das vítimas são civis, e mais de 80% do território está sob ordens de deslocamento ou militarização, agravando a crise humanitária no enclave.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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