“Independentemente de ser preso ou não, mesmo que seja condenado por crimes menores, mas havendo a confirmação dessas condenações em segunda instância, pela Lei da Ficha Limpa, automaticamente, ele já vira alguém inelegível. Então, caso julgado e condenado, ele pode, sim, ser preso, e mais facilmente tornar-se inelegível.”
Processos por crimes cometidos ao longo do mandato
“O STF ia julgar, a pessoa renunciava, e aí [o inquérito] ia para a Justiça comum. Nesse período ela disputava outra eleição. Eleita, tinha novamente direito ao foro. Então ela ficava jogando com isso.”
Crime de epidemia, por incentivar a propagação do vírus da COVID-19;
Crime de infração de medida sanitária preventiva, por se recusar a adotar medidas de contenção, como uso de máscaras, e incentivar a aglomeração de eleitores durante a pandemia;
Charlatanismo, por estimular o uso de medicamentos sem eficácia contra a doença;
Incitação ao crime, por incitar a população a desrespeitar normas de segurança sanitária;
Falsificação de documento particular, por alterar documento sobre mortes por COVID-19 produzido pelo Tribunal de Contas da
União (TCU);
Prevaricação, por ter se omitido diante de denúncias de corrupção na compra de vacinas;
Emprego irregular de verba pública, por autorizar a compra de medicamentos sem eficácia contra a doença;
Crime de responsabilidade, por atuação descomprometida com o efetivo combate da pandemia e a preservação da vida e integridade física da população;
Crimes contra a humanidade, por atos e omissões durante a gestão da pandemia que colocaram em risco populações indígenas, configurando as modalidades de extermínio e perseguição, previstos no Estatuto de Roma.
Proposta para tornar Bolsonaro senador vitalício pode blindar o ex-presidente
“No caso de Dilma, isso voltou a discussão para que ela tivesse um foro. No caso do Bolsonaro isso, mais uma vez, volta à tona. A PEC é antiga, todas as vezes que vai terminando o mandato de um presidente, especialmente um presidente que tenha problemas jurídicos, essa proposta volta à tona.”
“Quando há polarização, os ânimos ficam exaltados. E, infelizmente, as pessoas não tratam os políticos como representantes, e a gente vê isso bastante nas eleições aqui. As pessoas torcem para os políticos. Então, isso acaba gerando muito mais uma interpretação passional que uma interpretação racional. Isso reverbera em tudo o que a gente tem vivido na última década no Brasil.”
Fonte: sputniknewsbrasil